De acordo com o parlamentar, o plano já tramita na Casa, mas, até o momento, os parlamentares não têm conhecimento de nenhum tópico contido na proposta. “Isso é um absurdo. Esse plano envolve a previdência de funcionários, contenção de gastos e concessão de bens, então não pode haver truculência em sua votação”, defendeu.

Roberto Mesquita criticou os parlamentares da base aliada do Governo e comentou que “até ontem chamavam esse plano de ‘Pacote de Maldades`". “De repente, virou ‘Pacote de Sustentabilidade’. Como assim?”, questionou. Ele desafiou ainda qualquer deputado da Casa a dizer para quais projetos do plano foi pedida a votação com regime de urgência.

Em aparte, o deputado Capitão Wagner (PR) comentou a “incoerência" do discurso do Governo. Segundo ele, “fala-se em contenção de gastos, enquanto o Governo gasta desnecessariamente”. O parlamentar informou que foi publicada no Diário Oficial do Estado, no último dia 9, a compra de duas aeronaves no valor de R$ 80 milhões. “Eu pesquisei e vi que são aeronaves de luxo, vistas com frequência em Mônaco”, disse. Conforme afirmou, com esse valor, três mil poços profundos poderiam ser escavados.

A deputada Dra. Silvana (PMDB) considerou que a votação dos projetos do Plano de Sustentabilidade, em regime de urgência, envergonhará a Assembleia. “Votarei contra e espero que muitos parlamentares pensem da mesma forma, pois é a população que será penitenciada”, disse.

Já Leonardo Araújo (PMDB) comentou que as mensagens polêmicas sempre chegam à AL sob regime de urgência. “Uma tentativa de silenciar os parlamentares na discussão, o que é imoral”, criticou.

Danniel Oliveira (PMDB) também frisou que o pacote de Michel Temer e o de Camilo Santana não diferem em nada. “E o de Temer era criticado, enquanto ainda aumenta em R$10 milhões os investimentos em saúde.”

O  peemedebista falou ainda sobre a proposta de unificação dos tribunais de Contas do Estado e do Município. Segundo ele, a justificativa é “falida”. “A ideia da economia que se sustenta é falha, visto que os gastos que seriam economizados seriam com pessoal, e os funcionários não seriam demitidos, mas apenas transferidos”, explicou.

PE/AT