Segundo o parlamentar, durante o encontro, o secretário apontou que o Estado não está isolado da crise que assola o País. “Ficou claro, no discurso do secretário, que os indicadores de economia são preocupantes. Pelo terceiro trimestre seguido, o Ceará cresceu menos que o Brasil. A indústria já perdeu empregos, e a perspectiva é de perder mais 700 mil empregos esse ano no Brasil”, lamentou.
O deputado ressaltou também que o Estado não cumpriu com a reposição do salário-base dos servidores. “Existe insegurança em cumprir com o salário-base. O Governo poderia ter dado pelo menos um aumento de 2% para mostrar que pretende cumprir com o compromisso, mas, até agora, não temos segurança de que haverá aumento”, frisou.
Carlos Matos destacou também que o Programa Pacto por um Ceará Pacífico, que visa reduzir a criminalidade no Estado, pode se tornar inviável sem investimentos, segundo observou a coordenadora do programa, Izolda Cela. Nos investimentos da saúde, o parlamentar apontou a redução de R$ 50 milhões. “Poderíamos esperar, pelo menos, o mesmo investimento do ano passado, mas a redução foi de 1,87%”, criticou.
O deputado salientou a importância de ver as “tendências” do Ceará e do Brasil, segundo os números apresentados pelo secretário Mauro Filho. “O que vemos é a tendência de crescimento da dívida, a tendência de não ter retorno dos investimentos, a tendência do desemprego crescendo e, com isso, a tendência da baixa na economia. Precisamos enxergar isso e reagir aos fatos”, pontuou.
Em aparte, o líder do Governo, deputado Evandro Leitão (PDT), ressaltou que o Ceará foi o terceiro estado que mais investiu em 2015. “O secretário Mauro Filho mostrou a realidade em seu discurso. Não estamos querendo passar que o Ceará está rico e que não foram reduzidos investimentos. É passada apenas a verdade”, afirmou. O parlamentar acrescentou ainda que o discurso do secretário foi equilibrado e ponderado.
O deputado Zé Ailton Brasil (PP) salientou que a preocupação deve ser quanto à redução de empregos. “A dívida do Estado cresceu 56%, mas não podemos esquecer que isso foi devido à alta do dólar”, observou.
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