O parlamentar disse que, mesmo com a vinda do secretário de saúde, Henrique Javi, ao Poder Legislativo, por solicitação do próprio peemedebista, não foi possível sanar questionamentos quanto a alguns pontos. “Ele veio ontem e não teve transparência no sentido de dizer como serão aplicados esses recursos”, disse.
Agenor Neto também criticou a falta de prioridade em relação ao custeio dos hospitais já existentes. “Como nós vamos financiar novas obras se não tem custeio do que já existe?”, questionou. O parlamentar mencionou a não conclusão do Hospital de Quixeramobim, por falta de recursos. Segundo ele, existem 36 hospitais polos no Estado que estão “agonizando”, e o Governo do Estado disse que não tem como destinar mais recurso. O deputado disse que a UTI Neonatal de Iguatu não pôde ser inaugurada por falta de custeio.
O parlamentar defendeu sua emenda à mensagem governamental, que sugere que 25% do empréstimo seja destinado aos hospitais polos do interior do Ceará.
Em aparte, o deputado Leonardo Araújo (PMDB) criticou a forma como a mensagem chegou à Casa, sem esclarecimentos concretos de como seriam realizadas essas despesas. O parlamentar questionou ainda quando estarão em funcionamento os hospitais já existentes e leitos de UTIs neonatais em Iguatu”. “Não somos contra investimento em saúde, mas acho absurdo quando sequer a saúde básica está funcionando no nosso Estado”, acrescentou.
O deputado João Jaime (DEM) criticou a destinação de parte desses recursos do empréstimo para a construção de uma nova sede para a Secretaria de Saúde e para as novas unidades hospitalares em detrimento dos hospitais já existentes.
O deputado Capitão Wagner (PR) defendeu que “o recurso que está vindo seja direcionado para o que realmente é importante” e parabenizou a luta do peemedebista em defesa da saúde do Estado.
O líder do Governo, deputado Evandro Leitão (PDT), esclareceu a situação do Hospital de Quixeramobim, informando que o secretário de saúde, Henrique Javi, assegurou que o equipamento será entregue à população até dezembro próximo, ou janeiro de 2016. Segundo ele, cerca de 90% das obras já foram concluídas.
O deputado Roberto Mesquita (PV) se uniu à luta por melhorias na saúde da região centro-sul, cuja “capital” é o município de Iguatu, que abriga o Hospital Regional e que passa por dificuldades.
Heitor Férrer (PSB) endossou a preocupação e disse que os recursos serão para a construção de mais um elefante branco, uma vez que existem hospitais como o de Quixeramobim, já inaugurado, mas sem funcionar.
LS/CG