Entre as propostas apontadas no seminário, a parlamentar destacou a criação do prontuário eletrônico. A medida, conforme explicou, se valorizada, poderá influir na redução dos custos dos pacientes, “que, muitas vezes, trocam de médicos no decorrer do atendimento e precisam repetir toda a bateria de exames desnecessariamente”.
Outra sugestão que a peemedebista julgou pertinente foi em relação à gratificação dos profissionais de saúde. Segundo ela, os médicos devem ser gratificados por eficiência, e não por produtividade.
“É óbvio que o atendimento não é dos melhores. Tem médicos que cochilam no meio do serviço, porque precisam trabalhar três expedientes para se manter”, disse, reforçando que, com essa sugestão, os médicos trabalhariam com mais eficácia, focando na saúde do paciente, e não na quantidade de atendimentos.
Silvana qualificou a situação da saúde atual do Estado como “vergonhosa”. “E o povo não deve se acomodar e achar que passar dias em uma fila é melhor que não ser atendido. O profissional de saúde deve ver o cidadão como um cliente, pois o povo paga por isso”, frisou.
Em aparte, os deputado Carlos Matos (PSDB) e Danniel Oliveira (PMDB) apoiaram a realização do debate proposto por Dra. Silvana.
Carlos Matos reconheceu que o sistema de saúde do Ceará “não funciona bem, então devemos sim discutir meios de tornar o atendimento efetivo. E entendo que a AL tem muito a contribuir com isso”. Já Danniel Oliveira disse que essa discussão é de fundamental importância para a saúde do Estado.
Já o deputado Ferreira Aragão (PDT) concluiu que é preciso investir em saúde preventiva. Ele lembrou matéria de sua autoria que cria os espaços de pronto atendimento (EPAs). “Seriam semelhantes às Unidades de Pronto Atendimento (UPA), só que de caráter preventivo, focando na realização de exames, coleta de material, vacinas e outros serviços preventivos de que as UPAs não dispõem”, explicou.
PE/CG