Ele apontou que se fosse traçado um comparativo entre a quantidade de matérias negativas veiculadas pela publicação sobre os candidatos Dilma Rousseff e Aécio Neves, a petista lideraria o ranking com 32 matérias, enquanto o candidato tucano protagonizaria apenas quatro. Ele acrescentou que a imprensa internacional, liderada pelo jornal inglês The Economist, “também tentou apresentar ao mundo um Brasil com sérias dificuldades políticas e econômicas”.
A presidente reeleita, segundo Lula Morais, deve lidar com a situação de maneira “responsável, corajosa e determinada”. Para ele, é hora de se pensar na reforma política, e “ela deve ser pensada com a participação popular”.
“Precisamos de uma reforma que seja progressista e inclusiva, e que não passe pelo Congresso Nacional antes de ser avaliada pelo povo”, disse, ressaltando que o “quadro político eleito para o Congresso é o mais atrasado e conservador desde 1964”. Lula Morais defendeu também a regulamentação dos meios de comunicação.
Em aparte, os deputados João Jaime (DEM) e Ely Aguiar (PSDC) questionaram o discurso de Lula Morais. Para João Jaime, a fala do deputado soa “contraditória” ao questionar a “legitimidade” do Congresso Nacional e, ao mesmo tempo, e acaitar a de Dilma Rousseff, que foi também “eleita democraticamente assim como o foram todos os parlamentares do país”.
Já Ely Aguiar afirmou que causa “estranheza” o fato de a esquerda querer tolher a liberdade de expressão. “Na ditadura, essa era sua principal reivindicação, e agora todos vocês criticam a imprensa que é livre. Eu não entendo”, disse.
PE/CG