O parlamentar também comentou que a investigação de crimes ambientais pelas delegacias comuns está impraticável, uma vez que houve, desde o ano passado, um aumento significativo na captura de animais silvestres comercializados em feiras livres. “O aparelhamento especializado não é só uma maneira de proteger nosso patrimônio natural, paisagístico, histórico e urbanístico em si, mas também dá conta de nossa proteção enquanto indivíduos e coletividade, pois somos frutos e parte desse meio”, opinou.
O deputado expôs ainda que são também crescentes as denúncias de agressão à natureza em zonas de valor econômico para investimento imobiliário. “No Interior, há relatos de ocupação de dunas e mangues, que são espaços considerados de preservação permanente”, exemplificou.
Facó citou também notícias de desmatamento e até incêndios criminosos no Parque do Cocó, maior parque urbano da América Latina, além da falta de estrutura e pessoal para a investigação de crimes que destruam ou descaracterizem os patrimônios históricos, protegidos pela Lei de Crimes Ambientais.
Em aparte, a deputada Eliane Novais (PSB) observou que a criação das delegacias é a maneira institucional mais correta de se minimizar os impactos ambientais no Ceará. “Há uso abusivo do meio ambiente e precisamos achar meios efetivos de fiscalização, proteção e prevenção”, assinalou.
PE/AT