O parlamentar criticou da falta de punição para os black blocs que se infiltram nas manifestações para saquear e apedrejar patrimônios públicos e privados. “Peço às autoridades que não colaborem com essa anarquia. Sempre que acontecem as manifestações, pessoas saem quebrando e saqueando as lojas, e ninguém está pagando por isso. Não pagam o prejuízo e nem ficam presos”, indignou-se.
Ferreira questionou as orientações do Ministério Público Estadual sobre a ação da Polícia durante as manifestações, em que aponta ser proibido reprimir o uso de máscaras pelos manifestantes, além de outras observações. “Manifestação tem que ser de cara limpa. As câmeras do mundo estarão mostrando tudo, principalmente nosso estado de instabilidade e insegurança. Daqui a dois dias começa a Copa e a Polícia não pode ficar inibida, o agressor tem que ser identificado”, defende o deputado.
Em aparte, o deputado Thiago Campelo (SDD) questionou se a Assembleia Legislativa do Ceará não conseguiria estabelecer uma penalização para os black blocs. “Não podemos penalizar essas pessoas? Sei que a Constituição garante a manifestação livre, mas, se o cidadão e o policial estão de cara limpa, o manifestante também deve estar”, declarou. Já a deputada Mirian Sobreira (Pros) sugeriu uma lei que proíba o uso de máscaras no Ceará durante as manifestações.
O deputado Ely Aguiar (PSDC) afirmou que, com essa iniciativa, o Ministério estaria tirando da Polícia o direito e o dever de proteger a população e o patrimônio público. “É uma inversão de valores. A pessoa que sai de máscara não sai bem intencionada. Temos que baixar, em regime de urgência, uma proibição do uso de máscara nesses manifestos”, sugeriu. Para o deputado Fernando Hugo (SDD) é importante que se investigue de quem parte as ordens dadas aos black blocs nas manifestações.
LA/CG