De acordo com o parlamentar, o relatório alega irregularidades com identificação digital de 60% das urnas e quer excluí-las só do resultado do segundo turno. “São indícios de fraude presentes nesse relatório. O ministro pediu que apresentássemos relatórios do primeiro turno também, pois afirmou não termos provas”, reclamou.
Ainda segundo Delegado Cavalcante, o relatório foi elaborado por uma consultoria privada que alega que as urnas anteriores ao modelo 2020, cerca de 60% do total utilizado nas eleições, têm um número de série único, quando, na opinião da consultoria, deveriam apresentar um número individualizado, porque somente assim seria possível fazer uma auditagem.
“Essa falta de transparência é péssima para o nosso País. Isso fragiliza o sistema eleitoral e aumenta a desconfiança das pessoas, o que é péssimo para o estado democrático de direito. O voto é algo sagrado. E vemos a má vontade desses órgãos que deveriam fiscalizar todo o processo. Pura má vontade”, criticou.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSD) teceu críticas ao trabalho do Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal, afirmando que ambos têm apresentado uma grande sequência de erros. “Falhas que já se arrastam há quatro anos, e nossa população aguentando calada episódios abusivos em termos de inconstitucionalidades. Não quero aqui dizer que houve fraude, mas se existem dúvidas, vamos acabá-las. Que se faça uma revisão, vão até o primeiro turno como o ministro Alexandre pediu. Mas que não fiquemos nessa virgulação duvidosa. Se o PL tiver dados do primeiro turno, que apresente para receber um parecer sensato”, ponderou.
LA/AT