Para o parlamentar, o ex-presidente Lula teve um bom desempenho por priorizar a abordagem de propostas que tragam solução ou amenizem os reais problemas do País. “Lula fugiu de pautas individuais e fake news, sinalizando propostas que precisam ser reverberadas, como economia, miséria, educação e meio ambiente”, iniciou.
Em relação à economia, Acrísio Sena apontou como assertiva a sugestão de Lula para realizar o que chamou de “alteração tributária”, indicando a isenção de Imposto de Renda para aqueles que ganham até R$ 5 mil e taxando grandes fortunas. Sobre educação, os impactos da pandemia e aprendizagem dos alunos da rede pública de ensino seriam enfrentados por meio de um mutirão com governadores e prefeitos, construindo uma ação de recuperação do tempo perdido, com uma equipe multidisciplinar para atuar com a comunidade escolar.
O deputado ressaltou também o posicionamento do candidato petista sobre o aumento da fome no Brasil. “Lula afirmou que o tema exige algo emergencial e precisa ser tratado nos primeiros 100 dias de governo, mirando em ações que tirem nosso País do mapa da fome. O relatório da ONU para alimentação e agricultura incluiu novamente o Brasil, desde o ano passado. São 61 milhões de pessoas com dificuldade para se alimentar. De 2019 até agora, 15 milhões de pessoas passam fome, três em cada 10 não têm certeza da próxima refeição. A pandemia agravou a situação, mas não é a única culpada”, alertou.
Outros assuntos abordados pelo ex-presidente durante o debate e mencionados pelo parlamentar foram a redução de recursos para a assistência social no Brasil e a proteção ao meio ambiente. “O Governo Bolsonaro vai fazer a assistência social voltar ao patamar de 1990, com a redução de investimento para R$ 1 bilhão, enquanto em 2014 eram R$ 3 bilhões, sendo impossível realizar os atendimentos e acompanhamentos necessários. Sem falar da pauta do meio ambiente, esquecida por esse governo, e o pior, com desmatamento incentivado”, criticou.
O pedido de interdição da Arena Castelão pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), como forma de penalizar o Ceará Sporting Club pelo tumulto causado pela torcida no último domingo foi criticado por Acrísio Sena. “A intenção é penalizar o Ceará, mas estão tirando do Fortaleza o direito de ter sua torcida nas próximas partidas. É um prejuízo para o futebol cearense. Que o Ceará jogue sem torcida”, declarou.
LA/AT