Outros 19% disseram se informar apenas por notícias na internet. Já 10,3% admitiram ter perdido o interesse em se atualizar.
Ao avaliar os números da enquete, o deputado Capitão Wagner (PR) manifestou preocupação com o percentual de quase 20% das pessoas que acompanham as notícias somente pela internet. “Nesse ambiente circulam muitas notícias falsas e sem procedências, que confundem as pessoas e podem provocar grandes estragos, já que a disseminação das informações é impressionantemente rápida”, alertou.
Também chamou atenção do parlamentar os 11% que perderam o interesse em estar bem informado. “Esse público que não sabe o que ocorre a sua volta, pode ser facilmente manipulado ao ouvir uma informação de alguém”, ponderou.
Já o deputado Professor Teodoro (PSD) observou que o resultado da enquete o alegra, pois revela que as pessoas, no mundo do conhecimento, estão cada vez mais ávidas por informação. Para o parlamentar, o hábito de ler jornais, consultar a internet, escutar rádio e acompanhar os telejornais é um bom indicador da preocupação de estar atento ao que se passa. “E também é positivo perceber que o cidadão não se contenta somente com uma forma de acesso a informação. Procura as diversas possibilidades que existem no mundo moderno. É a melhor maneira de formar a própria opinião", acrescentou.
O sociólogo e professor Jhúnior Guerra considera “surpreendente” o percentual dos que perderam o interesse de se inteirar dos fatos, “pois acredito na busca da informação para estar conectado com o mundo e toda sua complexidade”. Além disso, aponta que o perfil do leitor de atualidade, no século XXI, lê a informação e não tem a preocupação de analisar a veracidade. “Refletir e saber a idoneidade das informações e das fontes é primordial para estar bem informado”, ponderou.
Jhúnior Guerra disse que é inegável a importância da mídia, como revelou a maioria dos participantes da enquete. “A mídia sempre foi considerada como a quarta maior força de impacto, isso em meados do início da década. Hoje, com a inclusão digital, as redes sociais, e a democratização do uso da internet, as pessoas têm acesso e liberdade para propagar verdades e mentiras”, acrescentou.
LS/AT