Listas de contagens de votos, com possíveis novatos que podem ser eleitos para a AL, têm sido assunto entre deputados no Plenário 13 de Maio
( Foto: José Leomar )
Quanto mais se aproxima o pleito de 2018, mais preocupados ficam alguns deputados com mandato na Assembleia Legislativa. Já há algum tempo eles estão fazendo incursões ao Interior do Estado em busca de firmar votos para uma possível reeleição no ano que vem. No entanto, com quadros potencialmente fortes se colocando para as eleições, os parlamentares do Legislativo Estadual trabalham em todas as frentes para angariar cada vez mais adesões.
Na quarta-feira passada, enquanto alguns deputados se pronunciavam na tribuna do Plenário 13 de Maio, um grupo de parlamentares se reunia para debater qual a melhor forma de eleger o máximo de membros da base aliada do governador Camilo Santana. Dentre as propostas colocadas por eles está a possibilidade de constituição de um "blocão" formado por partidos aliados que possa eleger o maior número possível de candidatos.
Quando da aprovação da Reforma Política, em outubro, parlamentares comemoraram o fato de ainda poderem formar coligação proporcional em 2018, o que possibilitará diversas alianças com vistas a sobrevivência política de muitos deles.
De acordo com informações dos próprios deputados, com o possível ingresso do PMDB na base aliada, há possibilidade de serem eleitos mais de 30 aliados em 2018, isso em um "blocão" formado por PT, PDT, PMDB, PP, PEN, PHS e outros. Diferente do pleito de 2014, PSD e PMB seriam os únicos que ficariam de fora, uma vez que agora fazem parte da oposição.
A maior preocupação dos atuais deputados se dá pelo fato de pelo menos uma dezena de novos nomes já serem apontados como eleitos a uma das 46 vagas da Casa Legislativa. De acordo com eles, por conta de um descrédito da população com a classe política, haverá uma renovação considerável na Assembleia, semelhante ao que aconteceu em 2014.
Para evitar de estarem entre os que ficarão de fora da próxima Legislatura, muitos dos deputados já iniciaram suas incursões, e apostam na presença corpo a corpo com o eleitor para evitar uma derrota nas urnas.
Novatos
Dentre os nomes que são dados como certos no próximo pleito estão os de Erika Amorim, esposa do prefeito de Caucaia, Naumi Amorim; Patrícia Aguiar, ex-prefeita de Tauá e esposa do conselheiro em disponibilidade Domingos Filho; e Lia Ferreira Gomes, irmã dos ex-governadores Ciro e Cid Gomes. O presidente da Câmara de Fortaleza, Salmito Filho (PDT), é outro cotado ao pleito de 2018, assim como o chefe do gabinete do prefeito Roberto Cláudio, Queiroz Filho; e o filho do ex-deputado Welington Landim, o ex-prefeito de Brejo Santo, Guilherme Landim.
Fernando Santana, chefe adjunto do gabinete do governador Camilo Santana, e o vice-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, também pretendem disputar uma das cadeiras, além do presidente estadual do PSDB, Luiz Pontes, e o ex-prefeito de Granja, Romeu Aldigueri. De acordo com o petista Manoel Santana, os partidos procuram construir alianças favoráveis, enquanto parlamentares trabalham para fortalecer suas bases. "Uns trabalham para fragilizar seus potenciais adversários, e nisso alguns usam práticas nada republicanas", denunciou.
José Sarto (PDT) confessou que "todo mundo está preocupado com a reeleição". "Tem que acompanhar as bases, tentar acompanhar todos os pleitos e estar presente nos municípios". Já Sérgio Aguiar (PDT) afirmou que os atuais parlamentares estão marcando presença junto ao eleitor, com a transmissão ao vivo das sessões plenárias e das comissões da Assembleia.
Para Osmar Baquit (PSD), a reeleição está muito ligada à atuação do parlamentar em suas bases e não dentro da Casa Legislativa. Portanto, ele diz que aqueles que estiverem próximos ao eleitorado terão mais chances.