AS CHANCES DE CADA UMInácio e Moroni lideram e, claro, são potenciais favoritos, em tese. Mesmo largando muito embaixo, não é nenhum absurdo pensar apostar nas chances dos candidatos de PT ou PSB. Heitor Férrer (PDT) larga com força nas pesquisas. Apesar da permanente desconfiança em relação ao PSDB na Capital, Marcos Cals (PSDB) também começa bem. Para o Governo do Estado, recebeu 20% dos votos na cidade – percentual que pode, sim, colocá-lo no segundo turno de pleito tão disputado. Em 2004, Luizianne Lins (PT) se habilitou a enfrentar Moroni com 22% dos votos válidos. Além disso, há Renato Roseno (Psol). O tempo de rádio e televisão é ínfimo, mas ele começa mais ou menos com o dobro das intenções de voto que Luizianne tinha no início da campanha que a levou à Prefeitura. Tanto ele quanto Heitor tem perfil talhado para conquistar o eleitorado de classe média, razoavelmente progressista, que foi protagonista de várias surpresas citadas. A questão para os dois é convencer o público de que não são apenas opositores. De que podem apresentar projeto para governar. Se conseguirem isso, disputarão eleitores de perfil semelhante. Caso não morram abraçados, um deles tem boas chances de surfar numa dessas ondas que a cidade já conheceu tantas vezes e, assim, estar no segundo turno. Antes, para além do discurso, precisarão convencer o eleitor da capacidade prática. O DISCURSO DA SAÚDEDesde que sinalizou que lançaria Roberto Cláudio, o PSB acenava que apostaria no discurso da saúde. A área é problema histórico da Capital. O grande trunfo para apostar nessa área talvez nem seja o fato de o presidente da Assembleia ser médico - Juraci Magalhães também era. O diferencial é que, nessa área, o Governo do Estado tem algumas de suas ações mais ambiciosas e bem planejadas. Com destaque para os hospitais regionais, que deverão trazer benefícios diretor para Fortaleza, desafogando o IJF. Como na maioria das áreas da administração estadual - exceção feita à educação - há ainda poucos resultados práticos, passados cinco anos e meio. Mas a perspectiva para a saúde é promissora. Roberto Cláudio pode se aproveitar disso.