O governador afirmou que pretende dialogar com a Petrobras ou com o Ministério das Minas e Energias sobre o caso O governador do Estado, Cid Gomes, afirmou ontem que vai procurar entender "o verdadeiro sentido" do posicionamento da Petrobras em relação à refinaria Premium II, em seu Plano de Negócios 2012-2016. "Enquanto eu não tiver um diálogo pessoal com a Petrobras ou com o Ministério das Minas e Energias eu vou evitar dar declarações nesse sentido, até que eu possa compreender o verdadeiro sentido disso", disse, durante o I Simpósio de Educação Profissional do Ceará, ocorrido no anexo da Assembleia Legislativa, a ser perguntado sobre o posicionamento do Estado em relação ao novo atraso no empreendimento proposto pela estatal. O chefe do Executivo estadual informou que se reuniu na semana passada com representante do Ministério do Planejamento, que coordena as ações do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), no qual a refinaria está inserida. No encontro, Cid colocou o Estado à disposição de compartilhar, com a Petrobras, os recursos necessários para a compra de uma área a ser adquirida próximo ao terreno da refinaria a ser entregue às famílias da tribo anacé. Tal terreno foi solicitado pela Funai, para que o órgão possa dar sua anuência em relação à instalação da refinaria no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), em concordância ao pedido das famílias autodenominadas indígenas no local, que habitam em áreas de impacto direto ao indireto do empreendimento. A anuência é apontada como o principal entrave que vem impedindo o início das obras da refinaria no Estado. "Mas reforço que a área onde deverá se implantar a refinaria é livre e desimpedida. A Funai já oficializou em documento por escrito à Petrobras, afirmando que ela não tem tradicionalidade indígena", relembrou. Petrobras busca área Ontem à noite, durante encontro promovido pela Fiec (Federação das Indústrias do Ceará) e pelo CIC (Centro Industrial do Ceará) para debater o assunto da refinaria e propor a realização de um manifesto em prol do empreendimento, o deputado federal Antônio Balhmann afirmou que a aquisição deste terreno já está sendo trabalhada pela Petrobras. Segundo ele, a estatal está, no momento, buscando uma área para esta doação, e acrescentou que ela já possui recursos reservados para tal fim. De acordo com o deputado, este terreno será próximo à área dos indígenas, e terá cerca de 500 hectares. "Mas pode ficar maior", adiantou. (SS)