A notícia de que os preços dos artigos escolares estão até 35% mais altos, em relação ao ano passado, divulgada pela Associação Brasileira dos Fabricantes e Importados de Artigos Escolares e de Escritórios (Abfiae), repercutiu entre os deputados estaduais do Ceará.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) avalia que o ideal era que o material escolar poderia ter um preço padrão. “O Governo deveria pressionar as escolas a adotar uma tabela de preço e fiscalizar para saber se o mercado está vendendo com o valor apropriado”, ressalta.Atualmente, a valorização do dólar frente ao real, que atingiu 49% em 2015, conforme dados de mercado, é o principal motivo do aumento dos preços, justificam os comerciantes do setor.
dr. silvanaa
A peemedebista ressalta que a variação de preço do material escolar prejudica os consumidores. “Uma borracha chega a uma diferença de preço de até 170%, dependendo do local. Isso é um absurdo. Se houvesse um preço padrão, principalmente para os livros, os pais não iriam sofrer tanto na hora de comprar o material”, afirma.
AudiênciaO deputado Walter Cavalcante (PMDB) destaca que a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa deverá fazer uma audiência pública para tratar dessa questão e da imposição, por parte das escolas, de comprar os livros na própria instituição. “Alguns colégios têm livros próprios, o que obriga os pais a comprarem o material, com preços altíssimos, na livraria da escola. Isso deveria ser proibido”, assinala.
Para o parlamentar, que é membro da Comissão de Defesa do Consumidor, o aumento do material escolar esse ano foi acima da inflação. “As escolas já lucram muito. É preciso tomar providências para que o aumento não seja tão grande”, diz.
EsperadoJá o deputado Naumi Amorim (PSL) rejeita a crítica e vai na contramão dos colegas afirmando que o preço do material escolar está dentro do esperado. “Todo início de ano tem reajuste de salário e de preços dos produtos. É normal que o material tenha aumentado, e esse aumento está dentro do esperado”, enfatiza.