O mutirão foi acordado em reunião, realizada na tarde desta quinta-feira (17/09), com representantes de bancos públicos e privados do Ceará, além do Procon Assembleia e do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon).

Durante cerca de três horas, técnicos e bancários debateram a melhor forma de proceder à realização do mutirão. O gerente de Normas da Diretoria de Auto-Regulação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Evandro Zuliani, sugeriu que a população fizesse a queixa no órgão de defesa do consumidor para, em seguida, o banco oferecer uma proposta.

A sugestão foi rejeitada pelo presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da AL, deputado Odilon Aguiar (Pros). Ele avaliou que, neste modelo, as pessoas não poderiam negociar pessoalmente com o representante do banco. “Os bancos não informam qual o atrativo, dizem que não podem baixar juros e ainda querem que agente faça o que já fazemos”, criticou o parlamentar.

O parlamentar pediu ainda sensibilidade por parte dos bancos para resolver as pendências financeiras dos cearenses. “É preciso que os bancos tenham uma maior sensibilidade, caso contrário as pessoas continuarão endividadas e os bancos sem receberem”, disse Odilon Aguiar.

Já o assessor jurídico do Decon Ismael Braz Torres informou que mais de três mil solicitações de cálculo revisional foram feitas nos últimos meses no órgão.

Além de técnicos e membros dos órgãos de defesa do consumidor, também participaram da reunião o deputado Naumi Amorim (PSL) e representantes dos bancos Itaú Unibanco, HSBC, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Bradesco.
DF/GS