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Quinta, 20 Novembro 2014 06:43

Coluna Política

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  Para além de qualquer diagnóstico sobre a situação econômica, a promessa de arrocho no primeiro ano de gestão Camilo Santana (PT) é o primeiro mandamento do “modo Ferreira Gomes de governar”. Cid Gomes fez isso quando foi prefeito de Sobral e ao tomar posse no Governo do Estado. É sempre mais fácil fazer o discurso quando se passa da oposição ao poder, mas, mesmo quando reeleito, Cid agiu assim. Roberto Cláudio (Pros), em Fortaleza, rompeu essa lógica, talvez até por ter encontrado muitas obras que a antecessora Luizianne Lins (PT) deixara por terminar e porque teria uma Copa do Mundo um ano e meio depois. O princípio, no entanto, é a regra. Faz-se economia no primeiro ano, para deslanchar em grande volume de investimentos nos anos seguintes. Há bastante inteligência política nesse método. O primeiro ano é aquele em que há menos cobranças. Dá-se certo prazo de carência para o governador mostrar serviço. Aproveita-se, então, para formular projetos, planejar ações, enquanto faz-se caixa. O cenário projetado pela vice-governadora eleita Izolda Cela é de aperto com certo grau de severidade. Realização de concursos públicos, por exemplo, seria analisada com redobrado rigor. Aumento de gastos, só se for absolutamente imprescindível. Tipo de coisa que nunca se fica sabendo na campanha. SINALIZAÇÃO CAUSA NOVO INCÔMODO NO PTNão começa mesmo das melhores a relação do governo Camilo Santana com seu próprio partido, o PT. As primeiras manifestações da equipe de transição sobre a necessidade de contenção de despesas no primeiro ano foram o motivo do novo incômodo. “Nesses dois, três anos mais recentes, o orçamento de estados e municípios têm sofrido apertos, ajustes. A diminuição das transferências do Governo Federal tem sido muito significativa”, afirmou a vice-governadora eleita, Izolda Cela (Pros), que foi porta-voz da transição na última terça-feira. Presidente do partido em Fortaleza, Elmano de Freitas considerou que a declaração acaba responsabilizando o governo Dilma Rousseff (PT) pela situação mais difícil que o Governo do Estado terá em 2015. “Isso não corresponde à realidade”, disse o presidente petista, candidato do partido a prefeito de Fortaleza em 2012. Elmano disse que consultou dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e constatou crescimento ano a ano dos repasses de fundos constitucionais para o Estado. Desde 2011, segundo ele, houve alta de 7,81%. No caso do Fundeb, Elmano apontou crescimento de 10% de 2013 para 2014. Sem mencionar, segundo disse, as transferências do Governo Federal para investimentos diretos. Só com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), são dois mil empreendimentos no Ceará, disse o petista. O presidente municipal da legenda acredita que a comissão que apresentou os dados ao governador eleito relativizou o problema real, em sua opinião, que teria sido a ampliação dos gastos de custeio em relação à arrecadação. Ou seja, a construção de hospitais, policlínicas, escolas profissionalizantes e outras estruturas provocou despesa extra, sem que tenha havido ampliação de receitas na mesma proporção. “A arrecadação, cresceu, eu reconheço, mas não na mesma proporção do custeio”. “Não nego a dificuldade”, apontou Elmano, “mas não coloque a dificuldade como responsabilidade do Governo Federal”. Para 2015, Elmano admite que os repasses federais podem ter diminuição do ritmo de crescimento. Mas, segundo ele, seguirão em alta. Segundo consta no site do STN, a projeção da parcela do Fundo de Participação dos Estados (FPE) para o Ceará em 2015 é de R$ 4,84 bilhões (http://bit.ly/1qXKeky). Para 2014, o valor é de R$ 4,37 bilhões. A RELAÇÃO DE CAMILO COM O PTA candidatura de Camilo já causou desconforto ao PT desde a origem. O projeto que o partido havia aprovado era lançar José Guimarães ao Senado. Plano que teve de ser abortado. Em 28 de junho, no sábado em que Cid Gomes tomou sua decisão, Guimarães escreveu no Twitter que aquela decisão de desistir de disputar o Senado era “a mais difícil, a mais delicada, porém, a mais correta”. Na campanha, o protagonismo foi do Pros, embora Lula e Dilma tenham sido sempre ícones importantes. O estremecimento, mesmo, veio após a indicação da equipe de transição, sem nenhum petista além do governador eleito. Na manhã seguinte, Camilo foi a reunião do partido, explicou-se e contornou o mal-estar. Porém, permaneceu a desconfiança. A legenda está de orelhas em pé, a espera de saber os espaços que terá no secretariado. Elmano, porém, é caso a parte. Ele integra a ala do PT mais próxima à ex-prefeita Luizianne Lins, embora não seja do mesmo grupo – a Democracia Socialista (DS). Os aliados da ex-prefeita não fizeram campanha para Camilo e alguns até pediram voto para Eunício Oliveira (PMDB). Elmano, porém, fez campanha para Camilo e também para Mauro Filho (Pros) para o Senado. Apareceu, inclusive, nos programas eleitorais. Contudo, não deixou de ser crítico ao governo Cid Gomes (Pros). Mantém-se, portanto, nesse complexo equilíbrio. O PRÓXIMO EMBATE NO PTO embate entre os “camilistas” e os setores críticos a ele deve marcar principalmente o PT de Fortaleza, presidido por Elmano, nos dois anos até a próxima eleição municipal. Camilo já deu sinais favoráveis ao prefeito Roberto Cláudio (Pros). O grupo de Luizianne discorda. Pelo menos até agora, eles tiveram maioria. Mas a briga só começou.
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