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Oposicionistas renovam críticas contra o Governo - QR Code Friendly
Quinta, 13 Novembro 2014 04:30

Oposicionistas renovam críticas contra o Governo

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Deputado Heitor Férrer diz que o Governo não investiu em ações sociais e educativas capazes de influir positivamente contra o crime Deputado Heitor Férrer diz que o Governo não investiu em ações sociais e educativas capazes de influir positivamente contra o crime FOTOS: JOSÉ LEOMAR
  Deputados de oposição da Assembleia Legislativa lamentaram, ontem, os altos índices de violência no Ceará que colocam o Estado em segundo lugar dentre os demais com o maior número de homicídios no Brasil, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2014. Enquanto a oposição lamentou os dados, a base governista procurou explicar que a amostragem reflete situação de 2013, antes da instauração de programas adotados pelo atual Governo. De acordo com o Anuário, no ano passado foram registradas 4.435 mortes violentas no Estado. O deputado Heitor Férrer (PDT) disse que não podia ser aceitável que o Ceará tivesse um número tão elevado de homicídios, o que para ele demonstra que houve um mau investimento na área da Segurança Pública. "É inaceitável que tenhamos um Estado que em 2013 deixou milhares de famílias destroçadas pela violência. Há várias maneiras de se violentar a sociedade, como a falta de transporte público, escola pública e iluminação precárias. Mas violência do crime de homicídio não tem retorno", lamentou o deputado. Ele disse que a primeira conduta do poder público para se evitar o crime de homicídio seria a criação de mais escolas públicas em tempo integral, visto que, na maioria das vezes, os pais não têm condições de passar o dia acompanhando os filhos. "Essas pessoas não têm condições de ter uma empregada doméstica, então os filhos voltam para casa e acabam indo para as ruas", exemplificou. O pedetista ressaltou ainda que o desafio para o próximo gestor é a ressocialização real do preso, o que não estaria ocorrendo atualmente. Ele citou, por exemplo, caso de criminosos que são presos e ao voltar para a sociedade, muitas vezes, retornam piores, "Os presídios brasileiros são depósitos de seres humanos. Se deposita e não se ressocializa", disse ele. Medidas Colega de partido de Heitor Férrer, Ferreira Aragão (PDT) criticou que a oposição aponte as falhas, mas não apresentam medidas de melhoria dos problemas. Segundo ele, o único motivador do aumento da violência no País é a droga, especificamente o crack. Ele também reclamou que apontou várias sugestões e nenhuma foi aproveitada pela Secretaria de Segurança. Em resposta a Aragão, Férrer salientou que vem apresentando alternativas para a área ao longo de seus mandatos, e chegou a dizer que o correligionário estaria com problemas de audição. Uma dessas propostas foi a instalação de unidades de tratamento para drogados, assim como a adoção de penas mais severas para quem comete assassinatos. "Quem mata um cidadão deveria passar, no mínimo, 15 anos preso. Mas aqui, com quatro ou cinco anos está solto, para reincidir no crime, porque nos presídios o criminoso só piora. Volta ainda mais violento para o convívio social", disse. O deputado Lula Morais (PCdoB) corroborou com Férrer e também defendeu o trabalho na prevenção e ressocialização dos detentos. No entanto, ele lembrou que medidas foram tomadas pelo Ceará, além de investimentos. João Jaime (DEM) também criticou as políticas de segurança do Estado, visto que o dinheiro, segundo ele, não foi bem aplicado, pois os secretários de Segurança foram mal escolhidos na opinião. O líder do Governo, José Sarto (PROS), por outro lado, lembrou que os dados em discussão são de 2013, e ressaltou que há dificuldades de o Estado diminuir os índices de violência no Estado. Ele disse, porém, que em janeiro deste ano foi criado um programa semelhante ao que foi feito em Pernambuco para minorar os índices de violência. "Aqui no Ceará, em nove meses, já temos dados favoráveis. Em outubro o número de homicídios foi reduzido em 12% em relação a outubro de 2013", ressaltou. Sergio Aguiar (PROS) disse que o Governo do Estado investiu muito em equipamentos e pessoal, e destacou que as drogas têm papel preponderante no aumento dos números da violência também no Estado do Ceará. Augustinho Moreira (PV), ainda em defesa das ações do Governo do Estado, na área da Segurança, disse que a violência é um problema que não se limita ao Ceará, mas a todo o País. Ele atribui a onda de violência à impunidade da legislação, e defendeu que os congressistas discutam leis mais severas contra crimes hediondos, por exemplo. Para governista, jovens são vítimas do crime O deputado Professor Pinheiro (PT) também apresentou dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ontem, para, segundo ele, demonstrar que os jovens não são os responsáveis pela maioria dos crimes cometidos no Brasil. Para o petista, os adolescentes, assim como os negros, são as maiores vítimas da criminalidade no País. De acordo com o estudo mostrado pelo parlamentar, apenas 11,1% dos jovens que cumpriam medidas socioeducativas no ano de 2012 estiveram envolvidos em algum crime de homicídio ou latrocínio em 2013. Pinheiro disse que os números demonstram que é falho o argumento utilizado por alguns em favor da redução da maioridade penal. "Cerca de 90% dos jovens em medidas socioeducativas não cometeram crime contra a vida ou latrocínio", disse ele, ressaltando ainda que a pesquisa destacou que percentualmente os negros são mais vítimas de assassinato com envolvimento em 30,5% dos casos, assim como em encarceramentos, chegando a 18,4% do total no Brasil. Para Pinheiro, os números mostram que o preconceito ainda é um dos causadores da violência no País, quando a parte da sociedade mais vulnerável é a que está envolvida nos casos de violência. Ele apresentou ainda dados sobre a violência policial, onde o Anuário registra que em cinco anos foram mais de 11 mil assassinatos cometidos por policiais, o que é superior ao apresentado em 30 anos nos Estados Unidos, por exemplo. O petista defendeu que o combate a violência vai para além do aumento do contingente policial, ou seja, necessita de uma mudança mais brusca em diversos setores da sociedade. Ele também chegou a citar a proposta do Governo de unificar as policias, afirmando que o Ceará se antecipou na proposta, uma vez que criou uma academia que abrange todas as policias. Serviços "Não é possível pensar na segurança pública sem pensar na integração das policias com os órgãos do Judiciário. Esse é um elemento que o Anuário da Segurança Pública traz", ressaltou o petista, destacando ainda que há preconceito no Brasil, sendo ele elemento determinante no aumento da violência contra determinados segmentos do País. Os serviços prestados pela Polícia foram outros temas tratados pela pesquisa, o que fez com que as pessoas se mostrassem temerosas com os serviços policiais, e por isso não buscavam mais os serviços policiais. O Poder Judiciário também foi mal avaliado pela amostragem, onde maioria dos brasileiros acredita que 49% dos juízes são honestos, mas há uma parcela de mais de 40% que não acredita nos juízes ou na Polícia "Nós temos que nos debruçar sobre o geral para que possamos ter um enfrentamento mais ideal. Hoje, no Ceará temos uma única academia de Polícia, e isto faz diferença. É importante que possamos, no futuro, ter unificação das policias no Ceará e Brasil", disse. O deputado Delegado Cavalcante (PDT) corroborou com o petista, e disse ser necessário que se faça "um choque de gestão" na atuação das policias.
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