Ministro (em pé): mágoa tem de ser colocada de lado
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O secretário geral da Presidência, Gilberto Carvalho, pediu ontem à noite, durante encontro de militantes petistas em Fortaleza, que o partido se una em prol da eleição de Camilo Santana (PT) para o governo.
“Temos poucos candidatos a governador com viabilidade no país. No Rio Grande do Sul, nosso governador (Tarso Genro) está atrás da Ana Amélia (candidata do PP). Na Bahia (onde Jaques Wagner tenta reeleição) estamos com dificuldade. Estamos muito bem no Piauí e no Acre. Mas é muito pouco para o partido. O Ceará tem que entrar nesse mapa”, exortou Carvalho.
Segundo ele, o apelo se estende à ex-prefeita Luizianne Lins (PT), que já declarou mais de uma vez que não pediria voto para Camilo. “Essa é uma hora em que qualquer divergência do passado, qualquer mágoa tem que ser colocada de lado por conta de uma causa maior”, disse Carvalho ao O POVO.
Lula na propaganda
O ministro tirou férias do cargo no começo deste mês para se dedicar totalmente à campanha de Dilma e ajudar candidatos petistas nos estados. No discurso aos correligionários, Carvalho disse que pedirá ao ex-presidente Lula que grave participação para os programas eleitorais de Camilo Santana de Mauro Filho (Pros), candidato ao Senado na chapa governista.
“Tô saindo daqui com o compromisso forte de falar com nosso amiguinho Lula para ele gravar para o nosso Camilo e para o Mauro”, declarou, depois de ler faixa estendida na plateia pedindo a entrada de Lula e Dilma na campanha cearense.
Falando depois ao O POVO, Gilberto observou que faria o pedido mas não garantia que Lula atenderia. Ele ressaltou que Dilma não teria como gravar em favor de Camilo, já que o concorrente Eunício Oliveira (PMDB) “é um senador da base que a gente respeita muito”.
Mauro Filho participou do encontro petista e criticou o líder nas pesquisas para o Senado, Tasso Jereissati (PSDB), a quem chamou de “candidato dos ricos”, que “só fala em esculhambar o que fez o presidente Lula e o que fez a presidente Dilma”.