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Sexta, 01 Agosto 2014 07:00

Coluna Política

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  A primeira semana quente de campanha no Ceará colocou em evidência duas personagens cujos papeis políticos já eram relevantes, mas que se ampliaram nesta campanha. Trata-se do prefeito Roberto Cláudio (Pros) e de seu vice, Gaudêncio Lucena (PMDB). Desta vez em lados opostos. Em relação ao prefeito, a semana serviu para comprovar o quanto Governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza são indissociáveis no projeto político do Pros. Roberto Cláudio não fez questão de deixar sua administração à margem do enfrentamento e colocou-a no centro do embate, quando exonerou os indicados do PMDB na administração durante o dia e, à noite, subiu no palanque para criticar Eunício Oliveira (PMDB). A postura provavelmente trará problemas para a Prefeitura, mas atende à estratégia do grupo para a eleição estadual. Também permite perceber outra coisa: o papel político que o prefeito assume na política estadual. Como chefe do Executivo de Fortaleza, já seria naturalmente preponderante. Mas ele vai além. Roberto Cláudio se iniciou na política como deputado pelo pequeno PHS. No primeiro mandato, foi discreto e virou vice-líder do governo Cid Gomes (Pros) no Legislativo. Chegou a ser cotado para secretário da Saúde no segundo mandato, mas acabou ganhando posição de ainda mais relevo político. Diante do impasse instaurado no fim de 2010 entre Zezinho Albuquerque e Welington Landim, ambos candidatos a presidente da Assembleia, o governador Cid Gomes optou por uma terceira via: Roberto Cláudio. Conquistou a confiança da família Ferreira Gomes e foi lançado a prefeito em 2012. Pela simples posição que ocupa, ele já seria uma das personagens de maior relevância na política cearense. Mas se coloca com papel ainda mais crucial. Assumiu parte das articulações políticas – usando inclusive a caneta para nomear e exonerar – e foi para a linha de frente nos discursos. Suas intervenções públicas têm sido mais relevantes até que as do governador. Quando eleito prefeito, RC era personagem satélite no grupo dos Ferreira Gomes. Nesta eleição, se coloca entre os protagonistas. Terá papel obviamente crucial em caso de vitória de Camilo Santana (PT). E mais ainda na hipótese de derrota. Afinal, será a posição pública eletiva mais relevante ocupada por um dos membros do grupo de Cid e Ciro Gomes. O BRAÇO DIREITO DE EUNÍCIOGaudêncio Lucena está na política estadual há tempos e ocupa posições de destaque nos bastidores há mais de uma década, mas só como vice-prefeito ganhou visibilidade perante o grande público. Sempre foi o homem de confiança nas operações empresariais e políticas de Eunício Oliveira. Exerceu a função de número dois na direção estadual do partido e responsável por várias articulações. Inclusive nos embates. Por exemplo, o que isolou o então prefeito Juraci Magalhães, levando-o a deixar o PMDB. Antes do rompimento, seu irmão Carlos Guálter chegou a ser secretário da Regional I. Como vice-prefeito, Gaudêncio ficou sob os holofotes como nunca antes. E, agora, na coordenação da campanha de Eunício, assume papel de homem da linha de frente, para-choque do candidato peemedebista. Nas redes sociais, já vinha sendo o responsável por rebater e se contrapor às críticas partidas do palanque de Camilo Santana (PT). Foi em uma dessas postagens que publicou vídeo no qual Roberto Cláudio pedia votos e elogiava Eunício em 2010. Ciro não gostou e entrou na conversa. Então, deu-se o espetáculo mais grotesco da atual campanha até agora. Mas, se Roberto Cláudio terá papel chave em seu grupo e na política estadual garantido pelo menos nos próximos dois anos, independentemente do resultado da eleição, a situação de Gaudêncio está vinculada ao resultado das urnas. Se Eunício for eleito, será influente secretário. Talvez chefe da Casa Civil. Algo da linha de frente. Em caso de derrota de Eunício, porém, estará isolado na Prefeitura. Sairá menor do que entrou nessa campanha. A não ser que haja recomposição entre o PMDB e o prefeito. Hipótese não exatamente improvável. Logo Portal O POVO OnlineJORNAL DE HOJE Assine Já FORTALEZA ESPORTES ECONOMIA DIVIRTA-SE POLÍTICA +NOTÍCIAS CLASSIFICADOS ColunasPOLÍTICA O POVO Online Veja o manual de recomenda-ções do O POVO para as eleiçõesALAN NETOBELEZACENA GMUITO PRAZERVERTICAL S/AOMBUDSMANCLASSIFICADOSBLOGSCOLUNASASSINECONCURSOS E EMPREGOSSERVIÇOSVOCÊ FAZ O POVOMOBILEPROMOÇÕESACERVOFALE COM A GENTE rssAssine Já POLÍTICA 01/08/2014 O novo papel de dois personagensNOTÍCIA0 COMENTÁRIOS Érico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.ÍTICAO novo papel de dois personagens(0)POLÍTICADo que o poder é capaz(0)POLÍTICAOs cargos e as moedas políticas(0) Compartilhar A primeira semana quente de campanha no Ceará colocou em evidência duas personagens cujos papeis políticos já eram relevantes, mas que se ampliaram nesta campanha. Trata-se do prefeito Roberto Cláudio (Pros) e de seu vice, Gaudêncio Lucena (PMDB). Desta vez em lados opostos. Em relação ao prefeito, a semana serviu para comprovar o quanto Governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza são indissociáveis no projeto político do Pros. Roberto Cláudio não fez questão de deixar sua administração à margem do enfrentamento e colocou-a no centro do embate, quando exonerou os indicados do PMDB na administração durante o dia e, à noite, subiu no palanque para criticar Eunício Oliveira (PMDB). A postura provavelmente trará problemas para a Prefeitura, mas atende à estratégia do grupo para a eleição estadual. Também permite perceber outra coisa: o papel político que o prefeito assume na política estadual. Como chefe do Executivo de Fortaleza, já seria naturalmente preponderante. Mas ele vai além. Roberto Cláudio se iniciou na política como deputado pelo pequeno PHS. No primeiro mandato, foi discreto e virou vice-líder do governo Cid Gomes (Pros) no Legislativo. Chegou a ser cotado para secretário da Saúde no segundo mandato, mas acabou ganhando posição de ainda mais relevo político. Diante do impasse instaurado no fim de 2010 entre Zezinho Albuquerque e Welington Landim, ambos candidatos a presidente da Assembleia, o governador Cid Gomes optou por uma terceira via: Roberto Cláudio. Conquistou a confiança da família Ferreira Gomes e foi lançado a prefeito em 2012. Pela simples posição que ocupa, ele já seria uma das personagens de maior relevância na política cearense. Mas se coloca com papel ainda mais crucial. Assumiu parte das articulações políticas – usando inclusive a caneta para nomear e exonerar – e foi para a linha de frente nos discursos. Suas intervenções públicas têm sido mais relevantes até que as do governador. Quando eleito prefeito, RC era personagem satélite no grupo dos Ferreira Gomes. Nesta eleição, se coloca entre os protagonistas. Terá papel obviamente crucial em caso de vitória de Camilo Santana (PT). E mais ainda na hipótese de derrota. Afinal, será a posição pública eletiva mais relevante ocupada por um dos membros do grupo de Cid e Ciro Gomes. O BRAÇO DIREITO DE EUNÍCIOGaudêncio Lucena está na política estadual há tempos e ocupa posições de destaque nos bastidores há mais de uma década, mas só como vice-prefeito ganhou visibilidade perante o grande público. Sempre foi o homem de confiança nas operações empresariais e políticas de Eunício Oliveira. Exerceu a função de número dois na direção estadual do partido e responsável por várias articulações. Inclusive nos embates. Por exemplo, o que isolou o então prefeito Juraci Magalhães, levando-o a deixar o PMDB. Antes do rompimento, seu irmão Carlos Guálter chegou a ser secretário da Regional I. Como vice-prefeito, Gaudêncio ficou sob os holofotes como nunca antes. E, agora, na coordenação da campanha de Eunício, assume papel de homem da linha de frente, para-choque do candidato peemedebista. Nas redes sociais, já vinha sendo o responsável por rebater e se contrapor às críticas partidas do palanque de Camilo Santana (PT). Foi em uma dessas postagens que publicou vídeo no qual Roberto Cláudio pedia votos e elogiava Eunício em 2010. Ciro não gostou e entrou na conversa. Então, deu-se o espetáculo mais grotesco da atual campanha até agora. Mas, se Roberto Cláudio terá papel chave em seu grupo e na política estadual garantido pelo menos nos próximos dois anos, independentemente do resultado da eleição, a situação de Gaudêncio está vinculada ao resultado das urnas. Se Eunício for eleito, será influente secretário. Talvez chefe da Casa Civil. Algo da linha de frente. Em caso de derrota de Eunício, porém, estará isolado na Prefeitura. Sairá menor do que entrou nessa campanha. A não ser que haja recomposição entre o PMDB e o prefeito. Hipótese não exatamente improvável. A CORRELAÇÃO DEPOIS DAS URNASAs casas legislativas retomam os trabalhos hoje com outra correlação política, mas nada garante que será assim daqui a três meses. A relação entre PMDB e Prefeitura não permanecerá uma lua de mel na Câmara. Pior ainda na Assembleia em relação ao Governo. E será tanto pior quanto melhor estiver Eunício nas pesquisas. Mas, com a vitória de qualquer dos lados na eleição, haverá interesse do novo governador de buscar a repactuação com outra grande força política. Nem os peemedebistas nem os Ferreira Gomes têm história em fazer oposição. Nacionalmente, por exemplo, são mais talhados no chamado “fogo amigo”. Então, pode haver acerto, sim, embora as coisas jamais voltem a ser como antes da baixaria agora protagonizada. Mas, se não se entenderem, o futuro próximo será bastante movimentado na política estadual, em ambas as esferas.
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