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Coluna Política - QR Code Friendly
Terça, 20 Agosto 2013 06:53

Coluna Política

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  Todo contraponto será achincalhadoA história política de Cid Gomes (PSB) é marcada pela conciliação e pela tentativa de construir consenso. Como efeito ou como causa, essa característica explica muito da dificuldade do grupo instalado no poder de aceitar a divergência e o contraponto. O governador foi eleito presidente da Assembleia, em 1995, por unanimidade – em distantes tempos nos quais a turbulência era característica no Legislativo. Para chegar à Prefeitura de Sobral, em 1996, montou coalizão que reunia PT e PSDB. Ao tomar posse, na Câmara Municipal tinha 20 vereadores aliados e um de oposição. Na eleição seguinte, esse solitário crítico – Luciano Linhares, então no PSB, enquanto Cid era do PPS – concorreu a prefeito. Perdeu e o Legislativo passou a ser 100% governista. No governo, Cid voltou a repetir a fórmula de unir PT e PSDB no mesmo balaio. A média era até melhor que em Sobral – dois opositores entre 46 parlamentares. No segundo mandato – natural pela fadiga administrativa – o número de opositores cresceu pouca coisa, inclusive com adesão de uma deputada do próprio PSB – Eliane Novais. Nos seus momentos de, digamos assim, esplendor, o número de opositores chegou a ser o bastante para preencher mais que os dedos de uma mão. Deve ser, portanto, pela falta de hábito que reage tão mal às críticas que recebe. Mesmo assim, é difícil compreender a razão de reações tão destemperadas a contrapontos tímidos e que não têm dado em praticamente nada. Na semana passada, Cid desancou Heitor Férrer (PDT) pelos questionamentos pelo orçamento milionário destinado ao buffet palaciano. Acusou-o de “oportunismo”, de comportamento “típico de gente miúda” que está na política por “vaidade pessoal”. Disse ainda que o único parlamentar que faz oposição a ele desde o primeiro mandato nunca será mais que deputado e o classificou de “um desonesto da política cearense”. No início do ano, o governador já havia se insurgido contra os membros do Ministério Público que questionaram o cachê pago à cantora Ivete Sangalo para inaugurar hospital regional em Sobral. Sobre Gleydson Alexandre, procurador de Contas que atua perante o Tribunal de Contas do Estado (TCE), disse se tratar de “garoto que deseja aparecer e fica assim criando caso”. Contra ele e também contra o procurador Oscar Costa Filho, que também entrou na história, anunciou que faria representação ao Conselho Nacional do Ministério Público, por litigância de má-fé. O que mais chama atenção é que, em seis anos e meio, Heitor muito tentou, mas nunca conseguiu instalar uma CPI sequer para investigar a atual administração. Os dois procuradores entraram com ações prontamente barradas no TCE e na Justiça Federal, respetivamente. Mesmo assim, a reação foi furiosa. Imagine como não reagiria se houvesse oposição vigorosa, em número capaz de criar problemas, de fato. Imagine se o TCE e o Judiciário fossem caracterizados por decisões contrárias ao governo.
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