Médicos do Ceará saem às ruas, hoje, para protestar contra recentes medidas do governo federal na área de saúde pública. A mobilização é nacional e reivindica pela aplicação do exame de revalidação dos diplomas médicos, o Revalida, no caso de médicos estrangeiros, e a melhoria de qualidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Serviços ambulatoriais, assim como consultas e cirurgias eletivas, estão suspensas durante todo o dia.
A categoria luta, também, pela realização de concurso público, melhores condições de trabalho, carreira de Estado e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Saúde. "A população vai saber como está a saúde publica deste País e quem são os verdadeiros responsáveis", declarou o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Pontes, em resposta à recente declaração da presidente Dilma Rousseff sobre a falta de profissionais no Interior.
Recursos
Segundo o médico, o orçamento de Saúde no Brasil é muito baixo, e o problema de assistência nas cidades do Interior não ocorre pela falta de interesse dos médicos, e sim pelas péssimas condições de trabalho. "Temos 137 ações contra prefeituras do Interior por falta de pagamento. Não venham querer responsabilizar os médicos, nós somos vítimas".
A programação de hoje conta com uma coletiva de imprensa na sede do Sindicato, às 7h30. Às 9h, ocuparão a galeria da Assembleia Legislativa para levar aos deputados o repúdio à decisão do governo federal de importar médicos sem o Revalida. Às 17h, os médicos sairão em caminhada do Palácio da Abolição até o Jardim Japonês.