Deputados Heitor Férrer (PDT) e Eliane Novais (PSB)
FOTO: DÁRIO GABRILE/AG. ASSEMBLEIA
Com a série de protestos que vêm ocorrendo pelo País, o clima geral em governos e casas legislativas é de incertezas em relação às consequências das manifestações. Na Assembleia Legislativa do Ceará, quase todos parecem ter a consciência de que algo precisa ser feito, mas as respostas se limitam a discursos genéricos. Mais do que isso, existe apreensão em relação às implicações do movimento para as eleições do próximo ano. “Da forma como está, se a eleição fosse hoje, com certeza teríamos uma renovação muito grande na política cearense”, afirma a deputada Eliane Novais (PSB).
Segundo ela, há um misto de cautela e preocupação entre os deputados, principalmente pelo fato de a Casa ter atualmente imagem essencialmente atrelada ao Governo. “O parlamento cearense e brasileiro está se omitindo no papel de defender o povo e funcionando como um puxadinho do Executivo”, critica Vasques Landim (PR). Por outro lado, o presidente da Casa, José Albuquerque (PSB), demonstra tranquilidade e diz que o principal papel da Assembleia no momento, em relação aos protestos, é de intermediar o diálogo entre os manifestantes e o Executivo para tentar solucionar os problemas. “A Casa já fez um grande trabalho ao conversar com os manifestantes na semana passada, assim como fez o governador”, cita.
Além das implicações políticas futuras, há também consequências de curto prazo. Na sessão de ontem, ficou evidente que a profusão de protestos tende a trazer de volta à baila temas polêmicos que já pareciam adormecidos. Heitor Férrer (PDT) tornou a fazer críticas à construção do aquário, projeto sempre defendido pelo governador Cid Gomes (PSB). O líder do Governo, José Sarto (PSB), defendeu o investimento e disse que o governador “está aberto a discutir esse e qualquer outro projeto”.
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