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Prefeito indica grupo de transição - QR Code Friendly
Quarta, 31 Outubro 2012 04:55

Prefeito indica grupo de transição

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Roberto Cláudio agradece o apoio recebido do deputado Fernando Hugo, no segundo turno da disputa. Hugo foi candidato a vice-prefeito na chapa do tucano Marcos Cals, no primeiro turno das eleições municipais de Fortaleza Roberto Cláudio agradece o apoio recebido do deputado Fernando Hugo, no segundo turno da disputa. Hugo foi candidato a vice-prefeito na chapa do tucano Marcos Cals, no primeiro turno das eleições municipais de Fortaleza FOTO: VIVIANE PINHEIRO
  Roberto Cláudio admite fazer alteração na atual estrutura das regionais da Capital e de criação e fusão de outras pastas O prefeito eleito de Fortaleza, deputado Roberto Cláudio (PSB), fez questão de abrir os trabalhos, ontem, da sessão ordinária da Assembleia Legislativa, após passar três meses em campanha. Antes, ele concedeu uma entrevista à imprensa e prometeu que até esta sexta-feira, dia 2, anunciará a sua equipe de transição que será composta, segundo disse, por pessoas que fizeram parte da campanha, que contribuíram para a construção do seu plano de Governo e que fazem parte dos partidos aliados. Roberto Cláudio assegura ainda permanecer como presidente do Legislativo cearense até chegar a hora de assumir, no dia 1º de janeiro de 2013, o cargo de prefeito da cidade. Não pretende, portanto, se licenciar das tarefas de parlamentar, argumentando que ainda tem algumas medidas a serem tomadas antes de deixar a Casa. De acordo com o parlamentar, as finanças da Assembleia estão "muito bem". Ele disse que quer garantir um "colchão de folgas" para futuros investimentos, além de terminar projeto em andamento, como o ISO 9001 e a informatização da Assembleia. "Até dezembro quero entregar a Casa redonda, sem problemas financeiros, organizada e também com todos os projetos iniciados já finalizados", pontuou. Assim como deseja passar o comando da Assembleia para o futuro presidente da Casa de uma maneira tranquila, Roberto Cláudio espera que a transição do Governo de Fortaleza ocorra no mesmo clima. "Quero crer que a boa prática, a boa política, os bons costumes, o amadurecimento da democracia em Fortaleza permita que a transição seja produtiva, respeitosa e tenho certeza que será", ponderou. Informações Nos próximos dois meses, até sua posse, Roberto Cláudio alega ser importante que sua equipe tenha acesso às informações, ao Orçamento da Prefeitura e aos projetos que estão em andamento para quando assumir o comando da cidade não perder tempo. "O que interessa é a instituição Prefeitura de Fortaleza e é ela, na verdade, que a gente deva tratar", defendeu. Secretarias Segundo Roberto Cláudio, até o momento não foi discutido nenhum nome para o secretariado, até porque ele tem em mente criar algumas secretarias e unir outras. Para essas nomeações, o futuro prefeito diz que vai levar em conta algumas virtudes que considera serem básicas para quem trabalha com a administração pública e alguma delas, aponta, são seriedade, compromisso com o dinheiro público e conhecimento técnico. Sobre como será a divisão nos cargos na Prefeitura, devida a larga base de apoio que o PSB construiu, Roberto Cláudio disse estar tranquilo por ter sido apoiado por um grande número de partidos sem se comprometer pessoalmente com promessas de cargos. "As pessoas apostaram nesse projeto por crerem na mensagem de renovação, na mensagem de uma nova cidade de Fortaleza", ponderou. Mas por outro lado, o prefeito eleito argumenta que quem governa é a aliança e deve-se governar, portanto, com os integrantes da aliança. "Vou buscar diálogo com os partidos aliados e buscar nesses partidos também pessoas com perfil técnico, com perfil de seriedade e de espírito público para nos ajudar a governar", prometeu. Unir Como prefeito eleito, Roberto Cláudio entende ter a obrigação de unir a cidade, deixando claro que quer ser prefeito de toda Fortaleza. Ele afirma estar aberto tanto aos aliados quanto aos adversários, como aos vereadores eleitos que venham a fazer oposição à sua gestão. Questionado como será sua relação com a Câmara, Roberto Cláudio destacou que por ter vindo do Parlamento sabe da importância da diversidade desse Poder, entendendo que quem vai para o Executivo passando pelo Legislativo certamente compreende muito melhor a natureza dessa relação com o mundo político. O parlamentar reforçou ainda sua ideia de melhorar a divisão das secretarias regionais de Fortaleza, principalmente as localizadas no lado sul da cidade: Regionais V e VI, por concentrarem, segundo ele, grande parte da população, e também citou a implantação da secretaria da Segurança. Roberto Cláudio prometeu buscar parcerias e recursos dos governos estadual e federal, além de recursos estrangeiros, para cumprir cada uma da promessas feitas em campanha. "Fortaleza está esperando muito desses próximos quatro anos", salientou. Aldeota e Centro têm maiores taxas de abstenção O número de eleitores que preferiu se abster da escolha do prefeito que governará Fortaleza nos próximos quatro anos aumentou pouco neste segundo turno, em relação à primeira etapa do processo eleitoral que definiu o sucessor da prefeita Luizianne Lins. Enquanto 258.202 pessoas aptas a votar na Capital decidiram não ir às urnas no primeiro turno, esse número na segunda votação foi de 268.138 eleitores. Durante a campanha para o segundo turno da votação, alguns candidatos derrotados na primeira etapa e mesmo militantes preferiram não escolher entre os postulantes que se mantiveram na disputa, chegando a defender o voto nulo e a abstenção. Apesar disso, os números no segundo turno não são muito diferentes do primeiro. No primeiro turno, 39.510 votaram branco e 63.499 nulo. Juntos, esses números representam 7,61% dos eleitores que compareceram às urnas. Enquanto isso, os resultados do segundo turno revelam que foram 33.782 votos brancos e 83.193 nulos, o que representa 8,7 eleitores que foram às urnas, mas não votaram em nenhuma das candidaturas postas. Já as abstenções foram de 16,02% no primeiro turno para 16,63% no segundo. Ainda que o cenário de abstenções não tenha sofrido grande alteração entre o primeiro e o segundo turno, é expressivo o número de pessoas que não votaram no pleito do último domingo: 268.138 eleitores. Considerando a manifestação do eleitorado da Capital por zona eleitoral, é possível dizer que Aldeota, Centro, Farias Brito, Jacarecanga, Joaquim Távora, Meireles, Moura Brasil e Praia de Iracema integram a zona na qual foram computados os maiores índices de ausência nas urnas. Urnas As zonas com mais abstenções são a 1ª, 3ª, 117ª e 118ª. Na 3ª Zona, estão os bairros Aldeota e Centro, que abrigam seções com alto índice de eleitores que deixaram de ir às urnas no último domingo. A seção 562, instalada na Receita Federal, teve 34,43% de abstenções, enquanto a seção 239 e 240, no Colégio Darwin, tiveram, respectivamente, 30,15% e 30,99%. No mesmo bairro, a seção 1 do Colégio Tiradentes apresentou 30,04% de eleitores que não votaram. Enquanto isso, no Centro, a seção 252 do Seminário da Prainha computou 29,41% de abstenções. No mesmo bairro, a seção 567 no colégio 7 de Setembro teve 32,27%, e a seção 119 da EEFM Clóvis Bevilaqua, 31,60%. Na 1 Zona, a seção 826, instalada no Mucuripe, teve 31,03% de abstenções. Já a seção 18 da 118ª Zona, no bairro José Walter, computou 32,79% de eleitores que deixaram de comparecer ao local no último domingo. Na seção 321 no bairro Vila Velha, que integra a 117ª Zona Eleitoral, 32,43% dos eleitores deixaram de votar. No âmbito nacional, as abstenções chegaram a 19,11% neste segundo turno. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, chegou a declarar para a imprensa nacional que considera preocupante os índices de ausência neste pleito, defendendo um estudo mais aprofundado da Justiça Eleitoral para saber os motivos pelos quais os eleitores não estão comparecendo às urnas. "É, sim, preocupante qualquer aumento em relação a outras eleições. Toda abstenção não é boa porque significa que a representatividade pode levar a questionamento", chegou a declarar a ministra do Tribunal Superior Eleitoral. Ausência 268 mil é o número aproximado de pessoas que deixaram de ir às urnas para escolher o novo prefeito de Fortaleza, na eleição do último domingo Mais informaçõesAcesse o mapa para saber as Zonas onde houve mais abstenções em http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=348248&;modulo=963
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