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Projeto nacional ainda é uma lacuna nos partidos - QR Code Friendly
Segunda, 27 Abril 2015 04:47

Projeto nacional ainda é uma lacuna nos partidos

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Analistas políticos apontam que PSDB de Aécio Neves e PT de Dilma Rousseff não entenderam o recado dos protestos nas ruas e redes sociais Analistas políticos apontam que PSDB de Aécio Neves e PT de Dilma Rousseff não entenderam o recado dos protestos nas ruas e redes sociais AGÊNCIA REUTERS
  Apesar de 32 partidos estarem devidamente registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 28 deles com representação no Congresso Nacional, essas agremiações se organizam majoritariamente em torno de projetos regionais. Diante da crise política nacional que respinga na credibilidade do poder público, legendas aliadas e opositoras ao Governo Federal têm pouco a oferecer em relação à consolidação de um projeto nacional para o Brasil. Enquanto isso, a perspectiva de reforma política ainda é um "engodo", conforme apontam analistas políticos. O professor Adriano Oliveira, do departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), diz que não visualiza nenhuma legenda com proposta concreta e inovadora para o País. Para ele, a ainda vigente polarização entre PT e PSDB demonstra que os partidos políticos estão pouco atentos às reivindicações de setores da sociedade nas manifestações de rua e nas redes sociais. "Os partidos ainda não entenderam os sinais que os eleitores estão pedindo. A oposição parte do princípio de que toda essa gritaria existe apenas porque temos Dilma Rousseff exercendo a presidência da República. Isso é equivocado", destaca, complementando: "A inquietação é com o todo, é com o sistema, não somente com a presidente Dilma. Tanto oposição como situação, em vez de apresentarem uma nova agenda, ficam discutindo a velha polarização entre PSDB e PT". Atuando como protagonista no Congresso Nacional - com as presidências da Câmara Federal e do Senado e a vice-presidência da República -, o PMDB é um aliado trabalhoso do Governo Federal. No Ceará, o grêmio contrapõe-se ao governador Camilo Santana e tem como liderança mais expressiva o senador Eunício Oliveira, que, a despeito de rusgas com o PT, é aliado de Dilma Rousseff, filiada à mesma sigla do governador cearense. Indefinido O PSB é outro que figura no rol dos indefinidos. Aliado por muitos anos do Governo Federal, iniciou, a partir de 2013, uma rebelião que culminaria na candidatura a presidente da República de Eduardo Campos (morto no ano passado). Carente de liderança nacional que toque os anseios da agremiação, o PSB está, hoje, espalhado em alguns estados, mas com pouca perspectiva de alavancada nacional. No Ceará, depois da saída do ex-governador Cid Gomes, levando dezenas de lideranças do Estado para o PROS, o PSB não conseguiu eleger nenhum candidato nas últimas eleições, estando sem nome na Assembleia Legislativa, na bancada cearense do Congresso Nacional e na Câmara Municipal de Fortaleza. O professor Adriano Oliveira explica que esse declínio da sigla decorre da ausência de liderança com capacidade de aglutinação nacional. "Qualquer partido tem suas rupturas. Se o partido não tem uma grande liderança para unir, fica fragmentado", ressalta. "O PSB é um partido dividido, ele está diante de uma neutralidade perigosa", completa. Na avaliação do docente, mesmo no centro das disputas nacionais, nem PT nem PSDB apresentam uma proposta real de ruptura de projeto político. "O PT não tem mais um projeto nacional, não tem mais agenda. Ele está temendo sugerir uma nova agenda, porque tem que lidar com um tema fundamental, que é a corrupção", opina. "O PSDB não tem bandeiras. Não basta dizer que o PT é ruim", avalia. O especialista também apresenta ressalvas sobre a aprovação da reforma política no Congresso. "A reforma política é um grande engodo, porque talvez possamos ter uma piora no sistema político se as mudanças de regras vierem a fortalecer problemas como a personalização da política e não dar espaço aos partidos menores", pondera. O analista político Maurício Romão, professor aposentado da UFPE, defende o modelo de concertación, que trata a reforma política como um processo desdobrado em vertentes. Em relação ao modelo de voto, ponto central da proposta, ele diz que a solução mais viável é a manutenção do sistema já usado no Brasil, que seria aprimorado. "Em vez de se debruçar sobre ideias alternativas, devemos nos debruçar sobre o nosso, reparar o que há de errado nele", defende. "Teoricamente todos os modelos têm vantagens e desvantagens. Quando se importa um modelo de fora estamos trazendo as vantagens do novo modelo, mas também as desvantagens". Lorena AlvesRepórter
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