O deputado Roberto Mesquita (PV), durante pronunciamento, ontem, na Assembleia Legislativa, criticou a falta de macas para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que estariam sendo utilizadas por unidades de saúde, como o Instituto Dr. José Frota (IJF). Ele parabenizou o Governo do Estado por ter investido em equipamentos hospitalares no Interior, mas lamentou que não tenha diminuído a lotação dos hospitais.
Segundo matéria publicada ontem no Diário do Nordeste, pessoas acidentadas tiveram que esperar horas ou ficaram sem o atendimento por não haver macas do Samu. "Isso é perverso para um Estado que encerra oito anos de Governo e mostra grandes avanços", declarou Mesquita, solicitando à Secretaria da Saúde novos equipamentos que ele diz custar R$ 100 mil.
A deputada Fernanda Pessoa (PR) se associou ao colega e afirmou que o problema é recorrente no Ceará. Ela informou que fez uma visita ao IJF recentemente e constatou a superlotação. Acrescentou que os hospitais regionais não estão realizando cirurgias eletivas e as pessoas são encaminhadas para a Capital.
Na avaliação de Heitor Férrer (PDT), a demanda aumentou de tal forma que a estrutura de Fortaleza não dá conta da superlotação. "Nós temos a máquina sem a linha para costura. Tem-se um belo equipamento, mas não tem a estrutura adequada. Os nossos hospitais regionais são modelo, mas não temos o quadro funcional porque não se fez concurso público, daí o caos continuar no serviço público", disse.
Por sua vez, o deputado Ely Aguiar (PSDC) endossou o discurso dos colegas e reclamou da inversão de valores no Estado, cobrando maior envolvimento do Poder Executivo com as áreas centrais do Governo do Estado.