Na reta final, o Partido Trabalhista Cristão (PTC) e Partido Trabalhista do Brasil (PT do B), declaram oficialmente, ontem, apoio ao candidato à Prefeitura de Fortaleza, Elmano de Freitas (PT). No último sábado, o PTC protocolou, na Justiça Eleitoral, o pedido de retirada da legenda da coligação Para Renovar Fortaleza, de Roberto Cláudio (PSB). No primeiro turno das eleições municipais de Fortaleza, tanto o PTC, como PT do B, eram coligados à coligação de Roberto Cláudio, contudo, tal ato gerou divergências internas em ambos os partidos. Em reunião, ontem, com militantes do PT, o deputado Stanley Leão, em nome do PTC, anunciou oficialmente o apoio, e justificou que a razão do desacordo intrapartidário no primeiro pleito, deu-se, pelo fato do presidente estadual do partido, Marcelo Mendes e o presidente municipal, Dr. Ciro, ambos, vereadores da atual legislatura, quererem apoiar Roberto Cláudio, “por serem, reais opositores de Luizianne Lins (PT) na Câmara Municipal”, contudo, ainda dentro do partido, havia outra corrente, voltada para a coligação Para Cuidar das Pessoas, de Elmano, gerando um ‘racha intrapartidário’. Segundo Stanley Leão, a direção nacional da legenda “fez pressão” para que o partido “ficasse unido, pelo fato do partido nacionalmente ser aliado com a presidente Dilma Rousseff (PT)”, em decorrência disto, Marcelo Mendes e Dr. Ciro, decidiram apoiar Elmano. CONTROVÉRSIATodavia, segundo o secretário-geral do PTC municipal, Roberto Lima, o partido, na verdade, teria liberado, neste segundo turno, os filiados e militantes a votarem de acordo com as suas consciências. O jornal O Estado teve acesso à ata da reunião que, de fato, votou pela liberação das bases para votarem seguindo suas consciências. COERÊNCIAPara Elmano de Freitas, o apoio do PTC e PTdo B na reta final, “tem uma importância programática”, contudo para o petista, muitas alianças é sinal de incoerência. “Eu sempre preferi que a gente tivesse uma aliança com o povo, quando você amplia as bases, você perde a coerência, prefiro um número menor de partido, mas com muita força nas comunidades” afirmou. Indagado sobre as bases aliadas de Roberto Cláudio, Elmano foi enfático em afirmar ser “incoerente”, já que ele precisará “agradar a todos. “Em política, quando você amplia demais as suas alianças, acontecem dois fenômenos, primeiro o candidato não cumpre seus compromissos, porque é tanta gente para agradar, e tanto interesse para atender, que, o que é de interesse público, não se realiza. Segundo, como o compromisso foi firmado com tantas bases, acaba gerando conflito interno, que, às vezes, passa mais tempo administrando os conflitos, do que administrando”. EQUÍVOCOSobre o ato de Cid Gomes pedir licença de cinco dias para apoiar Roberto Cláudio na reta final, o petista considerou um “equívoco” alegando sobre os sérios problemas que o interior do Estado sofre em razão da seca, como a falta de milho no setor produtivo que impacta nos setores importantes da economia. “Sempre fomos acusados de fazer muita política e pouca administração, agora fica claro quem prioriza mais política do que administração”, declarou. (Rochana Lyvian, da Redação)