O caso BEC, como ficou conhecida a longa sequência de polêmicas em torno da extinta instituição financeira cearense, teve o último capítulo em 2005, quando foi vendido, através de leilão, para o banco Bradesco.
A solução privada foi o último capítulo de uma novela que envolveu denúncias de empréstimos generosos a políticos e empresários com influência sobre o banco.
O episódio chegou a motivar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Assembleia Legislativa, que não surtiu efeito prático.
Estima-se que o escândalo do BEC tenha deixado um rombo de R$ 900 milhões. O montante foi convertido em créditos podres (sem chance de serem recuperados) antes do processo de privatização.
A federalização do BEC, passo anterior à venda, aconteceu no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio da Silva. Quando foi vendido, tinha 70 agências no Ceará - ou quase 20% das instituições atuantes no Estado -mais de 278 mil contas e 866 funcionários ativos.