Fruticultura será uma das áreas beneficiadas pelos recursos
FOTO: EDMAR SOARES
As cadeias produtivas do Ceará, prioritariamente a fruticultura e a ovinocaprinocultura, vão receber cerca de R$ 20 milhões destinados a projetos de irrigação e melhorias, de acordo com informações da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA). O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) arcará com R$ 10 milhões do montante investido e o Ministério da Integração Nacional (MI), com o restante.
PlanejamentoPlanos de negócios para as cadeias produtivas do Estado estão sendo organizados por técnicos da SDA, em parceria com o Instituto Agropolos do Ceará. Depois de prontos, os projetos serão encaminhados ao BNDES para aprovação. Por ainda estarem organizando as informações, não há perspectiva de quantos projetos serão beneficiados e quantas famílias devem ser atendidas pelo investimento. A previsão, segundo o secretário em exercício da SDA, Antônio Amorim, é de que, até setembro, o BNDES responda à solicitação.
“Os técnicos recebem treinamentos sobre execução dos planos de negócios para acompanhar os agricultores, que apresentaram as demandas, que também já foram discutidas em 2011 em grupos e associações que formam o colegiado no Plano Territorial do Desenvolvimento Rural Sustentável”, explica Antônio Amorim.
Sobre a situação das cadeias produtivas, Amorim lembra que há um déficit de técnicos agrícolas no Estado, sobretudo na região norte. No entanto, em três anos, segundo ele, a realidade “se desenhará de outra forma”, principalmente, pela inauguração de 90 escolas profissionalizantes, afirma.
PropostasO secretário em exercício fundamenta a importância da fruticultura. “Ela está no Sertão Central, Vale do Jaguaribe, Cariri, Baturité, em toda a Região Metropolitana e ainda na Serra da Ibiapaba. Agora, vamos iniciar um trabalho que deve finalizar até o final do ano, com a acerola. Serão 40 hectares no Castanhão”, diz Amorim. Já o deputado estadual Nelson Martins (PT-CE), que recentemente saiu do cargo da SDA, explica que iniciou, no mês passado, o diálogo com secretários de agricultura do Nordeste e com a diretoria do BNDES para viabilizar os recursos. “Em termos de valores das cadeias produtivas, não há ainda definição. Porque depende dos projetos em discussão”, afirma .
De acordo com o deputado, o Ceará classificou os projetos de irrigação e barragens subterrâneas como duas principais atividades. Sendo as barragens espécies de valas com lonas impermeáveis para reservar a água que fica acumulada em riachos. E agora?
ENTENDA A NOTÍCIA
Antes dos investimentos para a prática das cadeias produtivas (fruticultura e ovinocaprinocultura), é necessário também volumes de recursos para capacitação dos agricultores familiares, principal alvo. Número
10Milhões de reais É o valor que será investido pelo BNDES na agropecuária do Estado.