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Parlamentares divergem sobre previsões para 2016 - QR Code Friendly
Segunda, 28 Dezembro 2015 04:24

Parlamentares divergem sobre previsões para 2016

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  Enquanto a presidente Dilma Rousseff garante que a reorganização no quadro fiscal no Brasil logo trará resultados positivos, há quem duvide dessa projeção e até garanta que o País passará por momentos ainda mais difíceis no próximo ano. Conforme o deputado estadual Fernando Hugo (SD), o Brasil, neste final de 2015, vive a maior crise política, econômica e moral consorciada com falta de ética. "Tudo isso associado à crise econômica, inflação altíssima, queda no valor da moeda são prenúncios de que a maior e verdadeira crise está por vir e será social". Segundo o parlamentar, a "grande crise" será dinamizada e tonificada pelo desemprego. "Já são mais de 10 milhões de brasileiros desempregados. Afora os que nem estudam nem trabalham e os que estão atrelados ao seguro-desemprego. Essa crise social, que se preludia para daqui a três ou quatro meses, deverá ser de uma inquietação popular imensa, toda ela orquestrada por esse prelúdio", analisa. Ao participar da 49ª Cúpula do Mercosul e Estados Associados, no início da última semana, Dilma Rousseff afirmou que o aumento da produtividade favorecerá investimentos e ajudará na maior geração de empregos. Hugo isenta governos estaduais e municipais de culpa. "Dilma já herdou um governo desatrelado de responsabilidade administrativa do ex-presidente Lula. Um governo populista em que dava-se demais, tirando do cofre único da União sem estimular a economia nos seus amplos ditames de produção, comércio, indústria, agronegócio e exportações variadas", declara. Fantasioso Ele avalia que o governo "vendia" para o mundo a ideia de um País fantasioso. "Chegou-se à situação bárbara de no ano passado a presidente Dilma, para se reeleger, mentir desbravadamente para a população com uma campanha em cima do que diziam para ela os marqueteiros. E encantou ilusoriamente a população para ser reeleita. No dia subsequente começou a fazer tudo ao contrário do que ela proporcionou em seus discursos". Fernando Hugo relata ser necessário que a população manifeste a insatisfação por meio de manifestações nas ruas. "O momento atual brasileiro mostra clara agitação maior da CUT, do MTST, MST e outros sindicatos pelegos, ligados diretamente ao Governo Federal e bancados por ele. Até a UNE, que era um sustentáculo da juventude à época de Collor de Melo e da Ditadura Militar, é de um peleguismo bestial e inaceitável", critica. Líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia, o deputado estadual Elmano Freitas contraria o colega parlamentar e se soma ao discurso de Dilma Rousseff. Ele acredita que a aprovação do orçamento da União para 2016 no Plenário do Congresso Nacional, ainda em dezembro, deixou o governo e o País em melhor situação. "Nos dois últimos anos, o orçamento somente foi aprovado nos primeiros meses do ano a que ele se referia, deixando o governo impedido de desenvolver vários programas", pondera. Segundo o petista, com a aprovação das peças orçamentárias (PPA, LOA e LDO), já a partir de janeiro o Governo Federal poderá iniciar todos os seus programas, incluindo obras que estejam paradas. Outro ponto que o faz antever de forma mais positiva 2016 é a resolução do processo de concessões que o governo elaborou. "Com a nova situação das concessões, você tende a ter definição melhor de investimentos do setor privado, seja de estradas ou aeroportos. Isso tudo tem a ver com atividade econômica e geração de emprego e renda". Estabilidade O parlamentar avalia que o Brasil termina o ano de 2015 com a perspectiva muito maior de uma estabilidade política. "A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) contra manobras que poderiam levar a presidente ao impeachment sinaliza que vamos reabrir um ano com grau de estabilidade política maior, o que também favorece ao setor privado que pensa em fazer investimentos entender que o País está se estabilizando e ele pode fazer o investimento que postergou". A mudança no Ministério da Fazenda, com a saída de Joaquim Levy e entrada de Nelson Barbosa, na visão do petista, também se configura como sinal positivo. "Acho que a mudança no Ministério mostra que a política do ajuste realizada pelo governo encerra um ciclo e passa a ter uma intensificação da retomada do crescimento", analisa. Ele reconhece que aquilo o que o governo precisou economizar em 2015 não foi "pouca coisa" e atingiu programas como o Minha Casa Minha Vida e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). "Isso representou uma redução de determinados gastos que eram, em determinados casos, até indevidos e permite uma outra situação. Barbosa tende a intensificar o debate do crescimento, o que será muito bom".
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