Guálter George, editor-executivo de Conjuntura
É uma marca importante do quadro político atual, inclusive no Ceará, a falta de nomes capazes de exercer liderança nos momentos frequentes de dificuldade que a área pública apresenta. Wellington Landim era uma das exceções, costumava ser um dos nomes mais facilmente citados quando se buscava alternativas para comandar um processo de superação da crises, especialmente pelos lados governistas. Era um processo natural, justificado pela experiência acumulada, por uma capacidade própria de articulação e pelo senso positivo de oportunidade que demonstrava para ocupar espaços sempre que as circunstâncias assim o determinavam. O fato é que a sua ausência amplia uma lacuna que já existe e impõe à classe política o desafio de acelerar um processo de renovação de lideranças que já parecia atrasado até ontem. A partir de hoje, sem um parlamentar com o peso de Wellington Landim, escancara-se o problema ainda com mais força.