O líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado Audic Mota, defende que o desgaste entre o PT e o PMDB em nível estadual é um reflexo da relação que se estabelece entre o ex-governador e ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), e as lideranças do PMDB em nível nacional. Para ele, a tendência é de que a polarização ganhe maiores proporções nas disputas estaduais em 2016.
“Na política, não posso construir uma narrativa pelo retrovisor”, disse o presidente estadual do PT, Francisco de Assis Diniz, sobre as relações passadas de PT e PMDB nas eleições. Ele preferiu não comentar a forma como o senador Eunício Oliveira (PMDB) se referiu às críticas de Camilo ao partido, dizendo que o chefe do Executivo “tem que cuidar do próprio rabo”.
Para o doutor em Ciências Políticas Josênio Parente, a forma como Eunício respondeu Camilo é uma reação “muito forte” que parte do sentimento de incompletude com a eleição. “Eunício sempre pensou que ia ganhar, isso deu uma força e uma adrenalina diante das quais perder (as eleições) seria um fato difícil”, afirmou. Josênio destaca que o período de tensão política é propício para ataques e radicalizações.
O deputado federal Danilo Forte (PMDB) ressaltou que em sua convivência com o senador nunca o viu utilizar palavras de baixo calão. Portanto, a resposta a Camilo teria sido um fato excepcional. (JW)