A esperada visita do secretário estadual do Turismo, Arialdo Pinho, à Assembleia Legislativa, na próxima quarta, será fundamental para determinar se haverá ou não uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as obras do Acquario Ceará. É o que garantem parlamentares ouvidos pelo O POVO. A CPI proposta por Audic Mota (PMDB) já conta com o apoio de oito dos doze deputados necessários. João Jaime (DEM) não teria assinado o requerimento por estar viajando. Dra. Silvana (PMDB), Roberto Mesquita (PV), Ely Aguiar (PSDC) estariam entre os que se mostram dispostos a abraçar a investigação se não considerarem as explicações dadas satisfatórias. Entre os nomes, figura ainda um governista. Elmano de Freitas (PT), que chegou a ser convidado para ser o líder do governo, afirma que considera as denúncias feitas pelo Ministério Público como “extremamente graves”. Sobre a condição de governista que pode apoiar a investigação pela Casa, ele afirma que não compactua “com nenhum tipo de desvios”. O petista diz que aguardará as explicações do Estado e tentará ter mais detalhes sobre os debates que estão sendo feitos pelo Ministério Público estadual em relação ao tema. Arialdo Apesar de ter tido sua ida garantida pelo próprio governador Camilo Santana (PT), a possibilidade de Arialdo Pinho ser representado na Casa por Denise Carrá, sua secretária-executiva, não incomoda Elmano. “Eu não considero fundamental a ida do Arialdo. Eu considero fundamental a prestação de informações”, explica. Não é a opinião de Ely Aguiar. Para ele, a ida de um representante da secretaria que não Arialdo é falta de respeito com a Assembleia Legislativa. “Se eu fosse o governador e um secretário fosse convocado à Assembleia Legislativa e não comparecesse, eu demitiria na hora”, comenta. O democrata-cristão avisa que, caso o titular da pasta não esteja presente na quarta, assinará o requerimento de Audic. E pedirá a demissão de Arialdo. Até o fechamento desta página, não estava definido o nome que compareceria à Assembleia. Contudo, o nome de Denise Carrá era apontado como mais provável. A versão do governo Questionado se algo mudava no caso da ida de Carrá, o líder do governo Evandro Leitão (PDT), por meio de sua assessoria, afirmou apenas que defende “uma explanação de caráter técnico para responder questionamentos e repassar informações objetivas sobre projetos, contratos e obras”. Ele também diz não haver motivos para uma CPI na Casa, já que o Acquario já é motivo de investigação por parte dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, e também pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Números 12 são as assinaturas necessárias para a instalação de uma CPI na Assembleia Para entender Dia 18/fev. A Secretaria do Turismo paralisou os pagamentos à ICM-Reynolds, uma das responsáveis pelas obras, para auditar a obra em virtude de reclamações da empresa quanto aos pagamentos Dia 20/fev. Um acordo é feito com a empresa para a retomada dos trabalhos. Mais US$12 milhões são prometidos a ICM-Reynolds como contrapartida. Arialdo informa que a empresa pediu valores superiores, mas o governo se recusou a pagar. Na Assembleia, é anunciado o requerimento de CPI por Audic Mota (PMDB) Dia 24/fev. Heitor Férrer traz dados que demonstram que o empréstimo com o Ex-Im Bank, que deveria financiar a obra, ainda não havia sido formalizado, e que os R$125 milhões gastos até então foram provenientes do Tesouro estadual. É divulgado que o pedido de CPI já conta com oito assinaturas Dia 27/fev. Foi divulgada decisão da juíza Ana Cleyde Viana, da 14ª Vara da Fazenda Pública de Fortaleza, que determinou “a imediata suspensão de todo e qualquer pagamento e/ou repasse” à ICM-Reynolds. Dia 2/mar. O governador Camilo Santana defendeu o financiamento da obra, afirmando que “o Estado tem um financiamento que está aprovado pelo banco, tem uma carta de recomendação da Cofiecs, e que tem algumas pendências legais por parte do contrato do banco americano com o governo brasileiro, o que nós estamos solucionando para que a gente possa garantir os recursos”. Serviço Ida do secretário de Turismo à Assembleia Quando: quarta-feira, 4, às 9hOnde: Av. Desembargador Moreira, 2807. Dionísio Torres.