Ontem, na Assembleia, pela manhã quase todos os novos secretários do Governo estadual participaram da solenidade de posse de Camilo
FOTO: KID JÚNIOR
Os secretários do Governo Camilo Santana já estão cientes das dificuldades que a gestão vai enfrentar nos próximos anos, mesmo assim vislumbram algumas realizações, incluindo concurso para as área da Educação e Cultura. Já a Secretaria da Fazenda pretende adotar algumas medidas para conseguir arrecadar mais e evitar uma queda maior no crescimento da economia do Estado.
De acordo com o secretário da Fazenda, Mauro Filho, a ideia inicial é criar uma ambiência de negócios mais competitiva no Ceará, o que vai garantir a manutenção da política de desoneração de impostos começando por um setor que gera muitos empregos, mas estagnou nos últimos anos, o de confecções.
Segundo informou, na primeira semana como gestor da Fazenda, ele vai chamar o segmento para discutir a situação. O secretário também tem como meta realizar abertura de empresas em até 48 horas, evitando maiores prejuízos no tempo para abertura de empresas atual, que é de 60 dias.
Mauro Filho afirmou ainda que 2015 vai ser difícil para a economia em geral, e destacou que o governador Camilo já determinou para hoje, uma reunião do Comitê de Gestão por resultados e Avaliação Fiscal (Cogerf) juntamente com a Secretaria do Planejamento, Casa Civil, Controladoria, Fazenda e Procuradoria, se necessário, para reunião preliminar do que vai ser apresentado aos gestores em reunião na primeira reunião do secretariado, na próxima segunda-feira.
A intenção, segundo ele, é que os secretários tenham conhecimento de suas pastas, seus limites de trabalho e compreensão que o primeiro ano de Governo será de ajustes, uma vez que até o Governo Federal deve cortar cerca de R$ 100 bilhões do Orçamento. "Isso vai impactar a taxa de crescimento da economia brasileira e a cearense", disse.
Concurso
A Sefaz também irá fazer uma avaliação da dívida ativa, e com isso, dependendo da precificação da carteira da dívida ativa e das operações de créditos, o Estado pode receber um acréscimo de R$ 250 milhões somente nesses procedimentos.
Secretario de Educação, Maurício Holanda, disse que para o segundo ano de mandato é necessário a realização de concurso público para a Educação Básica, uma vez que muitos educadores, praticamente, a metade está se aposentando ou em processo de aposentadoria. Conforme defendeu, é preciso ampliar as possibilidades de participação do cidadão junto aos alunos para melhorar a Educação.
Uma das ideias apresentadas por ele é a participação de aposentados com experiências em determinadas áreas para ajudarem como tutores de estudantes em alguma área específica. "Isso envolve solidariedade e senso de responsabilidade social e humana", defendeu.
Para 2016, Holanda afirmou que deverá estar fazendo levantamento de carência para outro concurso, uma vez que em 2009, em estudo feito pela Secretaria da Educação, chegou-se à conclusão que 50% do magistério se aposentaria em 2014, tendo o Estrado que repor, praticamente, todo o quatro de ativos.
Segundo ele, os problemas de gestão e Orçamento são as principais dificuldades enfrentadas na área "porque o Orçamento é insuficiente para a representatividade cultural, e a gestão é frágil". A ideia do novo gestor é interiorizar a pasta, através de escritórios e centros culturais em diversas cidades do Estado.
Inácio Arruda, da Ciência e Tecnologia, ressaltou que irá trabalhar para atrair empresas de pesquisa para geração de empregos mais qualificados. Ele ressaltou que ainda ontem teria reunião com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, para um primeiro encontro, visando discutir a área.
Já Nelson Martins, da Controladoria-Geral do Estado (CGE) disse que vai trabalhar para tornar o Governo de Camilo Santana em uma administração com mais participação. "Queremos aperfeiçoar o Portal da Transparência e criar todos os espaços necessários de participação da sociedade e estimular encontro da sociedade para discutir a gestão pública. Isso já está sendo feito, mas é preciso aperfeiçoar". Nelson foi líder do primeiro Governo Cid e secretário de Desenvolvimento Agrário, no último.