Vencida a disputa pelo Governo do Estado, no segundo turno encerrado domingo passado, Camilo Santana (PT) não poderá dispor de muitos dias para descansar da campanha. Segundo o governador eleito, nos próximos dias ele seguirá realizando discussões com segmentos da segurança pública, da educação e da saúde, entre outras categorias, até o final da primeira quinzena de dezembro. Durante esse tempo, Camilo também participará de reuniões para definir a estrutura da próxima gestão. Ontem, no início da tarde, Camilo deu sua primeira entrevista, após passado a emoção da vitória. Ele participou do noticiário do meio dia da TV Verdes Mares e conversou com a reportagem do Diário do Nordeste. Foi reticente, limitando-se a repetir o que dissera na campanha eleitoral quanto a compromissos com o povo cearense. Ele admitiu não saber ainda, no entanto, como lidar com o atual cargo de deputado estadual. Questionado se pretendia voltar à Assembleia e começar o diálogo com alguns parlamentares de forma mais próxima, Camilo afirmou que quer aproveitar o tempo que resta até assumir o Executivo para se antecipar ao momento. "Eu não pedi licença (do cargo) agora na campanha, mas renunciei ao meu salário. Ainda vou avaliar (o que será feito)", apontou. Partido O governador eleito terá que administrar situações inusitadas, como dialogar com a oposição dentro do próprio partido, feita pelo grupo liderado pela ex-prefeita e agora deputada federal eleita Luizianne Lins (PT). Sobre o futuro dessa relação, Camilo destacou ter sido escolhido como candidato por unanimidade pelo diretório estadual da agremiação e disse esperar contar com a mesma unanimidade em seu futuro governo. "Minha relação não é com um grupo, minha relação é com o meu partido. É uma relação democrática, respeitosa. Eu fui escolhido por unanimidade como candidato e espero ter o apoio da unanimidade do meu partido no Governo", afirmou. Camilo preferiu não tecer comentários a respeito de uma possível disputa em 2016 pela Prefeitura de Fortaleza. Questionado sobre como se posicionaria em um possível embate entre o atual prefeito Roberto Cláudio (PROS), que deve pleitear a reeleição, e setores do PT que podem reivindicar o retorno ao poder, o futuro governador disse ser cedo para falar sobre o assunto. "Isso ainda é em 2016, vamos deixar chegar mais perto para discutir isso", desconversou. Roberto Cláudio foi o seu principal cabo eleitoral na Capital. Sobre indícios de como será a composição dos novos secretários do Governo, Camilo apontou que não há nada definido - se os alguns dos atuais gestores permanecem, se antigos retornam ou se novos assumirão. Ele afirmou que irá se reunir com a sua vice, Izolda Cela (PROS), para definir os nomes com base em méritos e aptidões técnicas de seus membros. Ele negou ainda haver qualquer acordo com partidos por secretarias no próximo Governo estadual. "Quero estabelecer um critério primeiro de mérito, principalmente que as pessoas possam ter o perfil ideal e a competência em cada área que irão assumir", apontou. "Eu não fiz nenhum compromisso durante a eleição com nenhum partido, com nenhuma área. Vamos procurar utilizar o melhor critério possível para que cada um possa cumprir a sua missão em cada pasta". Camilo afirmou esperar ter o novo secretariado definido até assumir o Governo, no dia 1º de janeiro de 2015. Sobre a influência do atual governador Cid Gomes (PROS) na composição da máquina estadual, o petista afirmou ter "profunda admiração" por Cid, mas assegurou que fará um novo Governo a ser comandado por ele e por Izolda. Presidência Embora a sua coligação tenha feito 31 dos 46 deputados da Assembleia Legislativa, Camilo irá enfrentar oposição na Casa. Ele afirmou ser salutar a existência de oposição propositiva para refletir as próprias ações de Governo e garantiu que estará sempre aberto a questionamentos dos parlamentares. "É importante ter oposição, contanto que seja responsável, propositiva. Mas vou procurar sempre manter um diálogo respeitoso e apresentar à Assembleia o que seja importante para o Ceará", ressaltou. Já em relação à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), Camilo destacou que a vitória da candidata foi muito importante para o Estado. "Estou muito feliz com a eleição da Dilma, que será uma grande parceira nossa, que pode garantir tudo aquilo que apresentamos para a população do Ceará. Vamos garantir a Transnordestina, garantir a segunda etapa do Eixão das Águas, lutar muito pela refinaria, que foi um compromisso", tanto da própria presidente Dilma, quanto do ex-presidente Lula, segundo relatado pelo deputado José Albuquerque, presidente da Assembleia, na campanha que promoveu em defesa do projeto da refinaria cearense
FOTO: FABIANE DE PAULA
Vencida a disputa pelo Governo do Estado, no segundo turno encerrado domingo passado, Camilo Santana (PT) não poderá dispor de muitos dias para descansar da campanha. Segundo o governador eleito, nos próximos dias ele seguirá realizando discussões com segmentos da segurança pública, da educação e da saúde, entre outras categorias, até o final da primeira quinzena de dezembro. Durante esse tempo, Camilo também participará de reuniões para definir a estrutura da próxima gestão.
Ontem, no início da tarde, Camilo deu sua primeira entrevista, após passado a emoção da vitória. Ele participou do noticiário do meio dia da TV Verdes Mares e conversou com a reportagem do Diário do Nordeste. Foi reticente, limitando-se a repetir o que dissera na campanha eleitoral quanto a compromissos com o povo cearense.
Ele admitiu não saber ainda, no entanto, como lidar com o atual cargo de deputado estadual. Questionado se pretendia voltar à Assembleia e começar o diálogo com alguns parlamentares de forma mais próxima, Camilo afirmou que quer aproveitar o tempo que resta até assumir o Executivo para se antecipar ao momento. "Eu não pedi licença (do cargo) agora na campanha, mas renunciei ao meu salário. Ainda vou avaliar (o que será feito)", apontou.
Partido
O governador eleito terá que administrar situações inusitadas, como dialogar com a oposição dentro do próprio partido, feita pelo grupo liderado pela ex-prefeita e agora deputada federal eleita Luizianne Lins (PT). Sobre o futuro dessa relação, Camilo destacou ter sido escolhido como candidato por unanimidade pelo diretório estadual da agremiação e disse esperar contar com a mesma unanimidade em seu futuro governo.
"Minha relação não é com um grupo, minha relação é com o meu partido. É uma relação democrática, respeitosa. Eu fui escolhido por unanimidade como candidato e espero ter o apoio da unanimidade do meu partido no Governo", afirmou.
Camilo preferiu não tecer comentários a respeito de uma possível disputa em 2016 pela Prefeitura de Fortaleza. Questionado sobre como se posicionaria em um possível embate entre o atual prefeito Roberto Cláudio (PROS), que deve pleitear a reeleição, e setores do PT que podem reivindicar o retorno ao poder, o futuro governador disse ser cedo para falar sobre o assunto. "Isso ainda é em 2016, vamos deixar chegar mais perto para discutir isso", desconversou. Roberto Cláudio foi o seu principal cabo eleitoral na Capital.
Sobre indícios de como será a composição dos novos secretários do Governo, Camilo apontou que não há nada definido - se os alguns dos atuais gestores permanecem, se antigos retornam ou se novos assumirão. Ele afirmou que irá se reunir com a sua vice, Izolda Cela (PROS), para definir os nomes com base em méritos e aptidões técnicas de seus membros. Ele negou ainda haver qualquer acordo com partidos por secretarias no próximo Governo estadual.
"Quero estabelecer um critério primeiro de mérito, principalmente que as pessoas possam ter o perfil ideal e a competência em cada área que irão assumir", apontou. "Eu não fiz nenhum compromisso durante a eleição com nenhum partido, com nenhuma área. Vamos procurar utilizar o melhor critério possível para que cada um possa cumprir a sua missão em cada pasta".
Camilo afirmou esperar ter o novo secretariado definido até assumir o Governo, no dia 1º de janeiro de 2015. Sobre a influência do atual governador Cid Gomes (PROS) na composição da máquina estadual, o petista afirmou ter "profunda admiração" por Cid, mas assegurou que fará um novo Governo a ser comandado por ele e por Izolda.
Presidência
Embora a sua coligação tenha feito 31 dos 46 deputados da Assembleia Legislativa, Camilo irá enfrentar oposição na Casa. Ele afirmou ser salutar a existência de oposição propositiva para refletir as próprias ações de Governo e garantiu que estará sempre aberto a questionamentos dos parlamentares. "É importante ter oposição, contanto que seja responsável, propositiva. Mas vou procurar sempre manter um diálogo respeitoso e apresentar à Assembleia o que seja importante para o Ceará", ressaltou.
Já em relação à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), Camilo destacou que a vitória da candidata foi muito importante para o Estado. "Estou muito feliz com a eleição da Dilma, que será uma grande parceira nossa, que pode garantir tudo aquilo que apresentamos para a população do Ceará. Vamos garantir a Transnordestina, garantir a segunda etapa do Eixão das Águas, lutar muito pela refinaria, que foi um compromisso", tanto da própria presidente Dilma, quanto do ex-presidente Lula, segundo relatado pelo deputado José Albuquerque, presidente da Assembleia, na campanha que promoveu em defesa do projeto da refinaria cearense