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Reação do eleitorado preocupa parlamentares - QR Code Friendly
Sexta, 13 Junho 2014 05:19

Reação do eleitorado preocupa parlamentares

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Para o deputado estadual Daniel Oliveira, quem faz política com transparência não deve ter medo de ir ao encontro dos eleitores Para o deputado estadual Daniel Oliveira, quem faz política com transparência não deve ter medo de ir ao encontro dos eleitores FOTO: HELOSA ARAÚJO
  O homem público está com receio de ir às ruas no pleito eleitoral de outubro próximo. Essa é a constatação de alguns parlamentares ouvidos pelo Diário do Nordeste. Eles acreditam que desde o ano passado, com as manifestações populares de junho, a classe política tem procurado se readequar aos reclames da população. Com receio de novas cobranças nas ruas, os políticos vão em busca de outros mecanismos de transparência e reaproximação com o povo. No entanto, alguns lamentam que todo o meio político seja julgado e condenados por atos falhos de parte dos que fazem a política brasileira. O deputado Roberto Mesquita (PV), disse que aquele político que nega a existência de uma "frieza" e distanciamento do eleitor para com o homem público está escondendo a verdade. Segundo ele, há alguns anos que os políticos estão sendo desacreditados pela maior parte dos eleitores, o que é ruim tanto para candidatos a uma vaga nas casas legislativas quanto para a sociedade em geral. "Há parte de segmentos querendo mostrar que todos são farinha do mesmo saco. A população precisa se conscientizar que é ela que coloca os políticos lá e os políticos são um retrato da sociedade. Eu vejo uma certa apatia da população, uma certa revolta de alguns, mas espero que a medida em que as eleições estejam chegando mais perto, haja um envolvimento da população", disse ele afirmando ainda que a descrença da grande parte das pessoas não é apenas no Poder Legislativo, mas também no Executivo e Judiciário. Danniel Oliveira, líder do PMDB na Assembleia, destacou que essa será uma das eleições mais difíceis, visto que vai ser um pleito sem grandes lideranças, ditada pelo povo e não mais pelos antigos nomes da política. Ele ressaltou ainda que a eleição de 2014 será um divisor de águas para as próximas que se seguirão. "As pessoas nas ruas demonstram que querem ser ouvidas. Isso é bom e eu vejo isso com bons olhos. Essa mudança nas cobranças por parte da sociedade é fundamental". Classe inteira O peemedebista disse, no entanto, que nem todos os políticos devem pagar por aqueles que fizeram algo de errado em seus mandatos. Para ele, quem faz política com transparência não pode ter medo de ir às ruas. "Você não pode entrar nessa onda. A gente não pode estar comparando a classe inteira com o restante ruim", apontou. O deputado Sergio Aguiar (PROS) corrobora com o colega e salientou que, a partir das eleições de 2014, novas formas de se fazer política terão que ser estabelecidas para evitar que o desânimo da sociedade faça com que outros protestos ocorram. Ele disse lamentar a falta de debate mais incisivo sobre a vida do cidadão, ressaltando que é preciso ouvir o que é proposto pela população, ouvir as críticas que são geradas e tentar absolver aquelas que trarão maiores benefícios para a política em geral. O pedetista Heitor Férrer também avista um cenário difícil para o homem público, que segundo ele, tem feito muito pouco pela sociedade o que culminou nos protestos do ano passado e em possíveis manifestações no pleito deste ano. "Quando as pessoas vão às ruas é porque os seus direitos foram negados. Nunca foi tão difícil pedir votos de um certo tempo para cá. Quem faz campanha sabe como é delicado chegar ao eleitor e pedir voto. Quem faz isso recebe muito desaforo mais que justificado porque a classe política esqueceu essa população", disse. João Jaime (DEM) ressaltou que alguns políticos vão, sim, ter medo de ir ás ruas pedir votos, mas destacou que "alguns são tão cara de pau que são os que menos se envergonham de seus erros". Ele disse que tem percebido uma certa revolta por parte da população com a classe política, mas defendeu que tanto no Brasil quanto no Ceará há pessoas que ainda defendem os interesses da população. "O que a população precisa é identificar, acompanhar mais. Não deve deixar para acompanhar somente na época das eleições. A população coloca todo mundo no mesmo barco porque não procura quem são os deputados que atendem os interesses das pessoas". Já Lula Morais (PCdoB) acredita que ir às ruas nunca foi fácil para o político. Segundo ele, a crítica à política é muito presente no dia a dia das pessoas, principalmente, através dos meios de comunicação, o que, para ele, acaba sendo um "estímulo" para diminuir a autoestima do povo".
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