O deputado Lula Morais (PCdoB) voltou a defender o fim do financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas, e reclamou do pedido de vistas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes do processo de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que trata do assunto.
Segundo ele, o ministro, sem justificativas plausíveis, pediu vistas da Ação de Inconstitucionalidade que questiona a participação de empresas no processo eleitoral brasileiro. Conforme informou Morais, em função da participação das empresas privadas, é promovido uma distorção no resultado eleitoral, pois, atualmente, 247 empresários e outra centena de proprietários rurais são a maioria nos quadros da Câmara Federal. "A representatividade está sendo distorcida através das escolhas dos partidos e dos candidatos que desejam ser eleitos. Esse é o principal fator que agrega a presença da corrupção no Brasil", ressaltou.
Conforme informou, as maiores financiadoras são empreiteiras e instituições financeiras nacionais que acabam por praticar "promiscuidade". "Essa ação precisa ter provimento e nós estamos juntos a todos quantos defendem que o Supremo deva retirá-la da gaveta", ressaltou. De acordo com o parlamentar, a ação foi movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e tem como principal objetivo a participação mais democrática no processo eleitoral do País, com participação maior da população, hoje impedida por conta do poder econômico.