A líder do PT na Assembleia Legislativa, deputada Rachel Marques, rebateu as declarações de Luizianne Lins (PT) sobre os rumos do partido na sucessão estadual de 2014. Ontem, no O POVO, a ex-prefeita criticou a aliança da sigla com o Governo do Estado e disse que não subirá no palanque de candidato, mesmo petista, apoiado pelo desafeto político e governador Cid Gomes (Pros).
“A posição da Luizianne não retrata a opinião do conjunto do partido, que fez o seu encontro de tática e definiu, por maioria, a manutenção da aliança com o governo de Cid Gomes”, disse Rachel.
Por reiteradas vezes, o PT no Ceará vem reforçando a continuidade da aliança com os Ferreira Gomes e aponta o nome do deputado José Guimarães (PT) como opção para disputar o Senado. Luizianne lidera um grupo minoritário dentro do partido em nível estadual.
“Eu respeito muito as decisões partidárias. O PT realizou um encontro e tiramos diretrizes. Uma delas foi a manutenção da aliança com o Governo do Estado construída pela própria Luizianne Lins em 2006”, reforçou o deputado estadual Camilo Santana (PT), ex-secretário estadual das Cidades e um dos petistas mais próximos de Cid. “Mais de 80% do partido aprovou a manutenção dessa aliança. Tenho muito respeito por ela, mas ela precisa respeitar as decisões partidárias”, afirmou.
Para o deputado, é hora de superar as eleições municipais de 2012 em Fortaleza. “Tivemos problemas na eleição de 2012, quando não houve a possibilidade da manutenção dessa aliança em Fortaleza, mas precisamos superar esse problema”, sustenta.
Santana defende que é mais importante discutir projetos do que decidir nomes. “O que nós queremos após Cid Gomes? É preciso fazer uma autocrítica e chamar os partidos que hoje apoiam a gestão para avaliar o que acertamos e o que precisa ser melhorado”.
O deputado estadual José Sarto (Pros), líder do Governo na Assembleia Legislativa, disse não estar preocupado com as críticas da minoria. “A Luizianne representa menos de 15% do PT. Nós estamos preocupados em manter o projeto que está dando certo para o Brasil e para o Ceará, que é a coligação com o PT”.
Lealdade
A saída do governador Cid Gomes do seu antigo partido (PSB) para apoiar a presidente Dilma foi lembrada pelos petistas. “Na política existe algo que eu considero fundamental que são decisões políticas. O governador tomou a decisão de sair de seu antigo partido e declarou, antes de muita gente, apoio à presidenta Dilma”, lembrou Santana. “O governador teve gestos importantes nesse sentido (da aliança) e nós reconhecemos isso”, afirmou Rachel.
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