Para Mauro Filho, todos os estudos de viabilidade econômica mostram que o equipamento proporcionará um rápido retorno do investimento
FOTO: JOSÉ LEOMAR
O deputado Mauro Filho (PROS), da tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, durante sessão ordinária rebateu as críticas que foram feitas pela oposição quanto à construção do Acquario Ceará. Segundo disse o parlamentar, o equipamento servirá para revitalizar a Praia de Iracema e em até quatro anos o valor investido na obra será totalmente recuperado.
"As pessoas não compreendem que o Estado do Ceará ganhou uma condição financeira tal que construiu dois hospitais no Interior, está construindo outro, e vai assinar a ordem de serviço para a construção do maior hospital do Nordeste aqui no Município de Maracanaú", disse, ressaltando que o Estado não tinha qualquer escola profissionalizante, e hoje, tem mais de cem.
Mauro Filho afirmou ainda que não há qualquer incompatibilidade em relação aos investimentos feitos no Acquario Ceará com outras áreas, como Educação e Saúde. Ou seja, aquilo que for gasto nas obras do acquário não inviabilizará os recursos para essas áreas. Conforme informou, um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará, o Ipece, mostrou a base de impacto do empreendimento na economia e turismo cearenses.
Ele destacou que o empreendimento terá salas de cinema, salas de estudo, simuladores de submarinos, túneis submersos para compreensão das espécies marinhas, dentre outros setores. "O objetivo dele é revitalizar a Praia de Iracema, o Poço da Draga. Vai estimular espaços para a prática de lazer. Ele vai devolver a estrutura histórica que Fortaleza sempre teve e dar alicerce para a indústria do turismo em Fortaleza e em todo o Estado do Ceará", apontou.
Retorno
Mauro ressaltou que o Centro de Eventos, também criticado pela oposição, está em pleno funcionamento e tem demanda para sua utilização nos próximos dois anos. Ele destacou que o equipamento abrigará, em julho, a reunião do Brics, grupo econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Em relação ao estudo do Ipece, o deputado salientou que houve uma análise de que o turista fica até oito dias no Ceará com gasto médio de pouco mais de R$ 400. "A hipótese é que, com a construção do acquário, 30% dos turistas poderão ficar mais um dia, motivando um impacto de R$ 687 milhões por ano com geração de 74,2 mil empregos". Além do impacto social, haverá também, a possibilidade de ter no efeito permanência moderado, a geração de R$ 33 milhões de ICMS ao ano para o Estado.