O senador Eunício Oliveira (PMDB) deu uma sinalização mais clara sobre sua candidatura ao governo do Ceará no ano que vem. O peemedebista, que participou do evento organizado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e lançou o selo comemorativo em alusão aos 60 anos do órgão, disse que tem tido cautela para tratar sobre o assunto porque “há um prazo estabelecido”, mas, nas entrelinhas, deixou escapar que seu nome está colocado. Ele ainda admitiu estar a sofrer pressões para admitir sua candidatura. Eunício declarou que seu desejo é manter o atual arco de aliança que inclui o apoio do governador Cid Gomes, pois, conforme explicou, “não tem porque estarmos separados. É um projeto importante que construímos para o Estado do Ceará”. Contudo, existe um prazo preestabelecido para consolidar um quadro confortável para as eleições de 2014. “Temos um prazo de até o mês de abril para tomarmos uma definição. Iremos sentar numa mesa e, como pessoas adultas que desejam melhoria, tomarmos uma posição dentro desta aliança. Não tenho nenhum motivo para não estarmos todos unidos. Agora, se chegarmos em abril e não for possível, a vida é assim, cada um procurará seu caminho e iremos ver o que acontecerá pela decisão soberana dos eleitores”, afirmou. Ao ser questionado sobre o que ainda falta para que o PMDB decida pela candidatura própria, o senador disse que a sigla faz parte de uma aliança construída em 2006 e, portanto, é preciso que o processo seja conduzido de forma natural e coletiva. “É um processo natural de encontrarmos um entendimento dentro do projeto. E tenho dito que é isso que desejo. Agora, se não for possível, a vida é assim. Iremos tocar a vida para frente”, pontuou. Eunício, entretanto, amenizou a declaração sobre o possível rompimento afirmando existir tempo razoável para harmonizar qualquer decisão, ressaltando que as convenções partidárias só ocorrerão em junho. Ontem, Eunício Oliveira esteve ao lado do governador Cid Gomes, em agenda oficial. No evento promovido pelo Tribunal de Contas dos Municípios, os dois se cumprimentaram e, sempre que possível, o peemedebista se referiu a Cid como “amigo” e “aliado”. Os dois conversaram pouco, pois o governador teve que se ausentar antes do término da solenidade para audiência com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado. Eunício, porém, conversou, ao pé do ouvido, com o presidente da Assembleia Legislativa, José Albuquerque, apontado como possível nome do Pros ao governo do Ceará.   AFAGOS Na ocasião, Eunício não economizou elogios a Cid Gomes e aproveitou para anunciar que sua única certeza, neste momento, é seu empenho na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff.