Durante a posse, ontem, Paulo Mamede prometeu mudanças internas. Sua equipe será anunciada amanhã Dez dias, foi o prazo que o novo titular da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), Paulo Mamede, pediu para mapear todos os "nós" da pasta. Empossado ontem, às 16h, em cerimônia na sede do órgão, prédio que fica nos andares superiores do Cine São Luiz (Centro), o jornalista disse que será necessário paciência, neste primeiro momento, e apoio durante o ano e três meses que resta de mandato para acabar com os gargalos da política cultural no Estado."Temos dois grandes desafios: um é resolver as questões administrativas e financeiras. Nós temos um déficit na secretaria de custeio, isso precisa ser resolvido. O outro, é destravar algumas questões, como melhorar os editais, modificar a legislação, o que precisar modificar. Acho que essa é a tarefa", resumiu o novo titular, que amanhã deve anunciar sua equipe. O auditório da Secretaria ficou pequeno para a solenidade de posse, que contou com a presença de artistas, produtores culturais e políticos. Antes de passar o cargo, o antigo titular, deputado Francisco Pinheiro (PT), que já está de volta à Assembleia Legislativa, pontuou alguns méritos de sua gestão e agradeceu às críticas, justas ou não, que recebeu durante sua passagem pela secretaria. "Faz parte da gestão pública aceitar as críticas", minimizou, destacando alguns projetos iniciados por ele, como a digitalização do acervo do Arquivo Público e lançamento do I Edital Humor do Ceará. "Espero que as ações que nós começamos possam ser continuadas", disse ao novo secretário. Pinheiro prometeu agir na Assembleia em prol da reformulação da Lei do Mecenato, um dos pontos apontados por Mamede como prioritários para incrementar o financiamento público de projetos. Ações Entre as medidas mais urgentes, Paulo Mamede pontuou questões como o início das obras de integração da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), anunciada em 2009, o restauro do Theatro José de Alencar e a criação da Pinacoteca do Estado, outro projeto que aguarda há quatro anos no papel. "O TJA, a Pinacoteca, nós temos projetos já com tudo pronto, só falta a empresa assinar o contrato. O que eu vou inventar? Eu vou chamar esse pessoal e dizer: eu quero celeridade. Nós tivemos problemas com a lei que cria o concurso público e ela ficou um ano parada na Secretaria. São essas coisas que quero evitar", ilustra. A primeira ação concreta do novo secretário será visitar os 12 equipamentos culturais vinculados ao Estado para começar o mapeamento dos problemas. "Vou fazer força tarefa onde tem problema", reforçou. Ele defendeu que, para resolver as pendências, a fórmula será "muito trabalho e foco. Eu não quero viajar, não quero ir para feira internacional. Quero fomentar", disse, ressaltando que muitas das ações necessárias têm que ser tomadas até abril de 2014, já que se trata de um ano eleitoral. FÁBIO MARQUESREPÓRTER