O deputado Fernando Hugo (PSDB) anunciou na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa, a construção do Centro de Desintoxicação e Ressocialização dos Dependentes Químicos do Ceará. Segundo o ofício enviado ao parlamentar pela secretaria especial de Políticas Públicas sobre Drogas, Socorro França, o processo licitatório está em fase de conclusão.
Ainda segundo ofício, a unidade, que será anexo do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinho, em Messejana, proporcionará aos dependentes químicos e seus familiares uma oportunidade de cuidado, tratamento e reinserção social.
Para o parlamentar, a medida é um grande acerto do Governo do Estado ao tratar um dos assuntos mais sérios da vida econômica, política e social do País, que é a drogadicção. Segundo ressaltou, diversos projetos de indicação, inclusive de sua autoria, foram aprovados pela Assembleia pautando o assunto, pois, a seu ver, “um hospital salva o doente das doenças comuns, mas o Centro de Ressocialização salva o doente drogadicto, impede ele de espantar a paz social”. Conforme o parlamentar, a droga é responsável pela insegurança pública no País.
“Tive a iniciativa, mas, agora, veremos o sonho realizado. Lá, em breve, veremos outros centros”, disse o tucano, afirmando também que o tratamento precisa ser estendido a família do dependente químico.
SUGESTÕES
Dra. Silvana (PMDB) defendeu que, além do tratamento médico, os Centros de Ressocialização possam oferecer ainda estudo religioso e cursos profissionalizantes, para que o dependente químico possa ser novamente reinserido no mercado de trabalho.
Mirian Sobreira (PSB) ressaltou que, em 2011, apresentou projeto de indicação onde sugeriu a implantação de um centro regional de dependentes químicos. A ideia, de acordo com a parlamentar, era inserir uma unidade em cada microunidade de saúde do Estado. Ela cobrou ainda que os hospitais pólos (centrais) destas regiões também possam garantir leitos para internação hospitalar. A deputada garantiu que irá resgatar todos os projetos relacionados ao combate às drogas e recuperação de dependentes e encaminhará para Socorro França, pois, em sua opinião, ajudará na implementação de políticas públicas.
Daniel Oliveira (PMDB) também concorda com a regionalização. Isso porque, segundo ele, a questão da droga deve ser encarada como problema de saúde pública. “Recentemente, tive acesso a uma pesquisa, onde 98% das cidades do Brasil está infeccionada com o consumo de crack”, disse o peemedebista, defendendo mais investimento do tratamento do usuário de entorpecente, além de cobrar políticas de combate ao tráfico de droga.