As primeiras semanas de retorno dos trabalhos dos deputados na Assembleia Legislativa foram de muitos debates polêmicos. Não muito diferente do que vem acontecendo desde o início do ano, os assuntos se limitaram a discussões sobre seca, medidas adotadas pelo Governo Federal, reforma política e principalmente a segurança pública e os confrontos entre Guarda Municipal e manifestantes contrários às obras do viaduto e a discussão sobre a contratação do bufê pelo Palácio da Abolição.
A ida do secretário de Segurança Pública, coronel Francisco Bezerra, gerou o principal debate da Casa nos últimos meses, tanto que a maioria dos parlamentares compareceu ao plenário para fazer críticas e questionamentos ao gestor, o que não é comum entre eles. Muito foi falado sobre os investimentos do Governo na área, mas os parlamentares ficaram frustrados com as respostas dadas e a forma como foram tratados.
O debate sobre a Segurança foi tema de discussões no dia seguinte da ida de Bezerra ao parlamento Estadual. Alguns descontentes com a postura do gestor teceram críticas ao modo como o formato das visitas tem sido conduzido, o que ocasionou mal estar entre deputados e membros da Mesa Diretora.
Os parlamentares também se debruçaram sobre outros assuntos, como a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil, com o intuito de diminuir a defasagem do número desses profissionais nas periferias das grandes cidades e no Interior. A bancada de médicos da Assembleia continua sendo contra a ideia, especialmente no que tange a não realização do exame de revalidação do diploma desses médicos.
O confronto entre Guarda Municipal e manifestantes contrários à construção de viaduto nas proximidades do Parque do Cocó foi pauta de destaque dos deputados na semana que passou. Apesar de a maioria se pronunciar a favor da construção de um equipamento que melhore o fluxo de veículos na região, alguns condenaram o modo como a ação da Guarda de seu.
Apesar dos debates, poucos foram os projetos de autoria dos deputados colocados em pauta para aprovação do plenário. Somente quatro projetos de Indicação foram votados desde que os trabalhos foram retomados na Casa, no dia 1º de agosto. O deputado Antônio Carlos (PT) chegou a defender a necessidade de se estabelecer um prazo para as votações das matérias, porque, segundo informou, as mensagens do Governo sempre são deliberadas com maior urgência, enquanto que outras aguardam meses para isso.