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Quinta, 08 Agosto 2013 06:45

Bezerra defende ações da pasta e "terceiriza" responsabilidades

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  Em visita aguardada há mais de cinco meses, o secretário de Segurança Pública do Ceará, Francisco Bezerra, foi ontem à Assembleia Legislativa e “terceirizou” responsabilidade pela escalada dos índices da violência no Estado. Falando por mais de quatro horas, Bezerra – responsável pela área considerada “calcanhar de Aquiles” do governo Cid Gomes (PSB) – defendeu ações da pasta e classificou quadro da segurança como “complexo”, dependente de fatores externos à gestão estadual. Tráfico de drogas, Poderes Legislativo e Judiciário, governos passados, antigas políticas de educação pública, legislação em vigor e até veículos de imprensa foram citados. “Temos uma situação grave e complexa, com aumento de homicídios e de roubos, principalmente pelas saidinhas bancárias, mas temos sim ações que vêm combatendo a criminalidade”, disse. Sem admitir erros no comando da pasta, o secretário exaltou investimentos na segurança e destacou avanços na área, como a construção de 50 novas delegacias da Polícia Civil, “apreensões recorde” de armas e drogas, ampliação de 16 batalhões da Polícia Militar e prisão de mais de 9 mil criminosos, 26 deles listados entre os “mais procurados”. “Os que jogam contra são poucos, mas as artimanhas que usam são para dar sensação de insegurança e de que a PM está de braços cruzados”. Com relação aos índices da violência, Francisco Bezerra priorizou números positivos da gestão, como a redução de sequestros e a queda de homicídios dolosos no último mês - que passaram de 343 para 297 de junho para julho. Índices como crescimento de 27,5% dos homicídios dolosos na Capital no primeiro semestre de 2013 e o aumento de 394% nos assaltos a ônibus na Grande Fortaleza, não foram comentados. “A grande esmagadora maioria desses homicídios tem vínculo direto com tráficos de drogas, e isso estamos combatendo”. Diversos deputados contestaram ainda dados apresentados por Bezerra. “Ouvindo ele, parece que vivemos em um Estado da Suécia, ou da Dinamarca”, disse João Jaime (PSDB). Em resposta a Heitor Férrer (PDT) e Fernanda Pessoa (PR), que acusaram secretário de apresentar dados “maquiados, sem relação com a realidade precária”, Bezerra passou a culpa para a legislação em vigor, bem como ações dos Poderes Legislativo e Judiciário. “Não se mexe na pena de quem comete crimes graves, como quem mata PM (...) é como se cada gol que o seu time fizesse, viesse o árbitro e anulasse. É o que acontece quando a Justiça manda soltar preso perigoso”, disse, provocando risos da oposição. Logo após, o secretário disse que não condena ação de juízes, mas sim a legislação em vigor. Bezerra ainda atribuiu o crescimento no tráfico de drogas no Estado à falta de investimentos de governos passados na educação. “Hoje revertemos isso e estamos fazendo poderosa vacina contra o tráfico nas escolas”. Ele citou ainda o programa Ronda do Quarteirão como exemplo para o País. Como ENTENDA A NOTÍCIA A passagem de Francisco Bezerra pela Assembleia vem sendo cobrada por deputados estaduais há mais de cinco meses. Em 5 de março deste ano, deputados da base aliada derrubaram requerimento de Heitor Férrer que convocava o gestor à Casa. A pasta da segurança, área mais criticada da atual administração, é questionada até mesmo por aliados de Cid Gomes (PSB) SERVIÇO O debate sobre o tema continua hoje na Assembleia Legislativa Quando: a partir das 9 horasOnde: Av. Desembargador Moreira, 2807 - Dionísio Torres Informações: al.ce.gov.br Bastidores Mesmo sem se pronunciar, permaneceram no plenário durante todo a fala de Bezerra o comandante-geral da Polícia Militar, Werisleik Matias, e o diretor da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas. Francisco Bezerra chegou à AL acompanhado de “cortejo” de seguranças e assessores. Diferente de outros secretários, não concedeu entrevista ao chegar na Casa . Capitão Wagner (PR) acompanhou pronunciamento de Bezerra e atraiu a atenção. Ele sentou ao lado de sua colega de partido, Fernanda Pessoa (PR), com quem passou o tempo conversando. Alguns deputados brincaram no momento em que Bezerra mostrou algumas ações da Secretaria através de vídeo - com direito a animação e trilha sonora. “Até chorei com esse filme”, disse Antônio Carlos (PT). A fala de Bezerra foi acompanhada por diversos manifestantes críticos à segurança do Estado, entre estudantes e pessoas se dizendo ex-policiais militares. Durante toda a apresentação, foram ouvidos gritos de “mentiroso”e “secretário de fachada” por parte de manifestantes. Multimídia A repercussão da ida do secretário da Segurança, Francisco Bezerra, à Assembleia Legislativa é o Tema do Dia na cobertura de hoje dos veículos do Grupo de Comunicação O POVO. Confira: Para escutar: Na rádio O POVO/CBN (FM 95,5), o tema será discutido no programa Grande Jornal, às 9 horas. E na rádio Globo/O POVO (AM 1010), o tema será discutido no programa Manhã da Globo, às 10 horas. Para ver: A TV O POVO trará uma matéria sobre o tema no O POVO Notícias, às 18h30min. Assista à programação pelo canal 48 (UHF e TV Show) e 23 (NET). Para ler e opinar: Acompanhe a repercussão entre os internautas na página do O POVO Online no Facebook (www.facebook.com/OPOVOOnline ) e no portal O POVO Online (www.opovo.com.br). Alguns pontos não respondidos Alta nos índices No plenário e na entrevista coletiva foi citado que estados como São Paulo e Pernambuco vêm conseguindo reduzir índices de violência nos últimos anos, ao contrário do Ceará. Confrontado com isso, o secretário disse que não se pode comparar os dados, porque trata-se de realidades diferentes. Homicídios dolosos Embora questionado, o secretário não respondeu objetivamente sobre o crescimento de 27,5% nos homicídios dolosos em Fortaleza no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2012. Em vez disso, Bezerra se ateve à redução do índice em julho se comparado com junho. Papel exercido por Ciro Sobre o papel que o ex-ministro Ciro Gomes (PSB) exerce na pasta de Segurança, o secretário disse apenas que “a parte de operação e administração quem comanda é o secretário” e não Ciro. Bezerra disse ainda que o apoio do ex-ministro é “muito bem vindo” em qualquer área. Existência de milícias Em relação à possível existência de “milícia” na Polícia Militar - conforme denunciado por Ciro em maio - o secretário se limitou a dizer que “tudo o que foi declarado está sendo apurado pelas instituições competentes” e citou as polícias Civil e Militar, além do Ministério Público.
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