O deputado Heitor Férrer (PDT), em seu pronunciamento na Assembleia Legislativa, ontem, criticou o Governo de Cid Gomes por este não ter uma política de distribuição democrática de água. Segundo ele, em muitos municípios que decretaram situação de emergência, a população passa por necessidade de água mesmo estando a alguns metros de açudes. "O Castanhão é uma das maiores obras do Ceará e sem este grande reservatório não poderíamos pensar em qualquer outra obra de indústria ou siderúrgica", aponta.
Segundo Heitor Férrer, no Diário Oficial do Estado, está decretado estado de emergência em 175 dos 184 municípios do Ceará, inclusive os que estão no entorno de Castanhão. "Isso é um atestado cristalino de que no Ceará não existe política de recursos hídricos para levar água aos pobres sertanejos que moram próximos a esses reservatórios. As pessoas estão passando sede e o gado está morrendo de sede", reclamou.
Ele lembrou que a obra do Complexo Industrial do Pecém, com seu parque industrial, do Governo Tasso, tem recebido água do Castanhão para seu funcionamento. "Cabe a nós cobrar do governador Cid Gomes a democratização da política de distribuição de água. Nós temos ali um grande reservatório e não se tem essa política para isso", diz.
O deputado Carlomano Marques (PMDB) lembrou ao pedetista que o açude está, muitas vezes, a 100 metros de distância das casas das pessoas, mas a população tem que ir pegar água a quilômetros de suas residências. O peemedebista ressaltou que no Governo Tasso Jereissati foi feito levantamento de todas as grandes, médias e pequenas bacias de rios, lagoas e riachos, o chamado Plano das Águas.
O tucano João Jaime diz que a água que falta nos municípios está nos açudes e que o projeto deveria fazer a água se movimentar, o que não tem sido prioridade. "Os governos que sucederam o Tasso Jereissati não deram velocidade ao que foi feito por ele".