A construção atende a demandas antigas dos vereadores, como melhorias nos gabinetes parlamentares Na próxima semana, o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Walter Cavalcante (PMDB), reunirá a Mesa Diretora e o Colégio de Líderes da Casa para debater, dentre algumas questões, a reforma do prédio que abriga o Legislativo municipal. É o último prazo para os vereadores apresentarem sugestões para a ampliação da estrutura da Casa. O projeto foi apresentado para eles há um mês. No dia 30 de abril, um dos arquitetos responsáveis pelo projeto, que inclui a construção de 43 novos gabinetes parlamentares, foi à tribuna explicar aos vereadores as mudanças que ocorrerão nas instalações da Casa. No mesmo dia, Walter Cavalcante prometeu entregar a todos os vereadores uma cópia do projeto da reforma para que analisassem a proposta. Na próxima semana, o vereador disse que vai reunir o Colégio de Líderes para ter conhecimento de algumas das propostas que os vereadores pretendem acrescentar ao projeto e checar se há condições de adequar essas sugestões. De acordo com ele, por enquanto, apenas três indicações foram feitas ao projeto: ampliação na estrutura de comunicação da Casa, principalmente a parte que abriga a rádio da Câmara; a construção de um restaurante e a última é para que haja mobiliário nos gabinetes, uma reclamação que já foi feita em plenário por alguns vereadores. Alterações O vereador Carlos Dutra (PSDB) é um dos que pretendem sugerir alterações no projeto inicial, mas informou que, até agora, não foi entregue em seu gabinete a cópia do projeto da reforma. O tucano adiantou que indicará a construção de mais um banheiro nos gabinetes. Uma reclamação constante de muitos vereadores era a falta de banheiros nas salas destinadas aos parlamentares. No projeto atual, o espaço dos gabinetes aumentou e cada sala contará aproximadamente com 43 metros quadrados, compreendendo uma recepção, uma sala para os assessores, uma copa, banheiro e a sala do vereador. Entretanto, Carlos Dutra alega que o banheiro do gabinete será utilizado por todos que trabalham com o vereador, assessores e secretários, além dos que visitam o gabinete. Para ele, o ideal é que existisse um banheiro exclusivo para o vereador, deixando claro que pretende levar essa ideia ao Colégio de Líderes. O vereador Fábio Braga (PTN) também quer fazer uma sugestão para a reforma. Na sua opinião, o projeto deve contemplar a criação de um complexo de comissões, a exemplo da Assembleia Legislativa. O parlamentar reclama que, atualmente, as comissões contam com apenas uma sala para se reunir. Fábio Braga argumenta que não precisa ser um complexo igual ao da Assembleia, com o mesmo número de salas, mas defende que haja mais espaço para os grupos trabalharem. Ele avalia que, quanto mais salas existirem para as comissões, mais os colegiados podem se reunir concomitantemente, dando mais dinamismo aos trabalhos. O vereador defende melhor espaço às comissões, pois avalia que a Casa deve veicular na TV Fortaleza as reuniões desses grupos, o que ocorre em outras casas legislativas. A ideia, opina, impulsionaria atividades nos grupos e contribuiria para a população acompanhar de perto as discussões das comissões. Adaptação De acordo com o vereador Adail Júnior (PV), até o momento, nenhuma sugestão para adaptação no projeto da reforma foi entregue formalmente à Mesa Diretora da Casa. Para ele, o projeto contempla os trabalhos da Casa e não necessita ser modificado. Segundo ele, não está previsto um complexo de comissões, porém existe na proposta a construção de mais salas para os colegiados se reunirem. Na opinião do vereador, caso novas mudanças tenham que ser adaptadas no projeto original, mais irá demorar para que a obra inicie. Acrísio Sena (PT) concorda que o projeto permaneça o mesmo, esclarecendo que foi elaborado na gestão passada, quando era presidente da Câmara, e dividido em duas etapas: reforma do plenário, galeria e construção de uma praça de convivência e ampliação do prédio com a construção de novos gabinetes. Walter Cavalcante pontua que parte da verba para a obra será oriunda de emenda parlamentar coletiva de R$ 3 milhões. Há também um esforço, explica, de economizar parte do orçamento da Casa para aplicar na obra, já que a promessa do Executivo é dobrar o valor arrecadado pela Câmara. Ele disse que, por enquanto, não há uma previsão de quanto a reforma vai custar.