A esta altura de fim de ano, todas as atenções estão voltadas para as festas do aterro da Praia de Iracema, final do 2012 e raiar do 2013. Outroramente vivíamos apenas em função do virar do ano, mas inventaram de comemorar o chamado Réveillon às custas do poder público municipal, não há como não vir ao encontro da população. Pelo que sei da natureza humana, notadamente a feminina, creio que a costureiras estão dando duro para atender aos pedidos e encomendas das freguesas e as lojas arrastam tudo que vem escapando do ano passado, expondo nas vitrines a preços tentadores e remarcados, de ocasião. Vivíamos apenas o virar do ano, mas inventaram de comemorar o chamado Réveillon às custas do poder público e a cabeça virou de vez. Resultado: não há como não vir ao encontro da população: cumpra-se, custe o que custar, o ritual: ano novo, roupa nova, sapato novo... Casais marcam encontro, pais de família fazem sacrifícios para a compra de roupa nova para a criançada, sem esquecer as suas próprias. Encontro de amigos estão agendados, confirmados:”no Aterro, no ano que vem.” A Prefeitura trazia cantores, conjuntos, bandas , tudo a peso de ouro. O dinheiro cobria hospedagem, jetons dos cantores e músicos. Uma gaita razoável, sem dúvida e nunca se soube de golpe: contrato honrado, sem dúvida. Com candidato coberto por seu manto protetor, a Prefeita estava certa de que tudo seria como antes. Mas, as urnas disseram outra coisa: resultado, sai ou não sai a festa do Aterro? Começa o jogo de empurra: “toma, que o filho é teu.” Este jornal deu manchete nesta sexta- feira passada:”Festa do Reveillon. RC e CID devolvem a decisão para a Luizianne.” Noutras palavras, “o prefeito eleito diz que fará tudo que estiver ao seu alcance para garantir a festa de Réveillon deste ano. Ele (Roberto Cláudio) enfatiza que a previsão orçamentária e o empenho dos recursos para a festa são obrigação da atual gestão. A prefeita retruca: “não a obrigação é de quem assume.” Pelo sim e pelo não, é bom cada um de nós ir pensando onde passar a noite de 31 de dezembro, não contando, em absoluto, com desfile de roupas novas, penteados último modelo, levando o dinheiro da passagem de volta e trocados para um picolé ou, quem sabe, uma capirinha gelada , que ninguém é de ferro. PS – Em briga de foice, doido é quem se mete no meio... Adísia Sáadisiasá@gmail.comJornalista