Na difícil relação com os servidores públicos, a Prefeitura de Fortaleza enfrentou greves em todos os anos da gestão – em boa parte das vezes, com mais de uma categoria paralisada ao mesmo tempo. Houve momentos tensos como o de junho de 2011, quando professores da rede municipal bloquearam a entrada da Câmara Municipal para evitar que vereadores votassem o piso salarial da categoria aos moldes que a Prefeitura defendia. Houve confusão e agressões.
A presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais de Fortaleza (Sindfort), Nascélia Silva, disse que a gestão de Luizianne Lins (PT) não deixará saudades. Ela diz que, entre os desafios para Roberto Cláudio (PSB) fica a recuperação do Instituto de Previdência do Município (IPM), que estaria ameaçado de colapso, e o cumprimento integral da Lei do Piso aos professores, que ainda não têm reservado um terço da carga horária para atividades extra-classe.
Como legado positivo, a Prefeitura anuncia a implantação de 14 Planos de Cargos, Carreiras e Salários, antecipação da data-base para janeiro e incorporação de melhorias que, segundo a Secretaria de Administração do Município (SAM), somam ganhos salariais de 92%.
Outro ponto polêmico é a quantidade de terceirizados da Prefeitura, cuja quantidade a SAM disse não saber estimar. O Sindifort denuncia suposto excesso de terceirizados no Município e carência de concurso público em setores estratégicos.