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Coluna Política - QR Code Friendly
Terça, 14 Agosto 2012 06:10

Coluna Política

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  Os muitos sinais emitidos por uma pesquisa sem mudança Numa primeira olhada, a pesquisa Ibope, divulgada ontem pelo Diário do Nordeste, é um primor de monotonia. Mas ela traz muitas indicações sobre como a eleição transcorre. Ajuda a corrigir percepções enganosas decorrentes da pesquisa anterior e, principalmente, tem particular impacto em função daquilo que não mudou. A primeira coisa sobre a qual é importante ter clareza é que todas as oscilações ficaram dentro da margem de erro. Ou seja, as duas semanas de campanha não provocaram nenhuma mudança significativa. Moroni Torgan (DEM), Inácio Arruda (PCdoB) e Renato Roseno (Psol) se deslocaram para baixo. Nunca é boa notícia, mas também não é nada desesperador, e tem significados diferentes para cada um deles. Mas talvez o resultado mais sintomático seja o fato de Roberto Cláudio (PSB) estar estacionado. Nas duas semanas entre as duas pesquisas do Ibope, não houve grandes novidades na campanha, salvo os vários debates realizados – cujos públicos, embora significativos, são restritos. De modo que não se poderia esperar mesmo outra coisa que não uma pesquisa praticamente sem novidades. Contudo, se havia alguém com perspectiva de crescimento, ele seria o candidato do PSB. O NÃO CRESCIMENTO DE ROBERTO CLÁUDIOA campanha de Roberto Cláudio é a mais organizada, com mais dinheiro, capilaridade e volume. Além disso, foi o primeiro a usar comunicação de massa nesta eleição, antes mesmo da estreia do horário eleitoral. Só na sexta-feira, foram disparadas 500 mil ligações telefônicas com gravação do governador Cid Gomes (PSB) pedindo voto para ele. A estratégia foi adotada justamente no período em que os pesquisadores do Ibope foram a campo. Mesmo com tudo isso, o fato de não haver crescimento mostra que o caminho do candidato pode ser mais difícil do que se prenunciava. E aí vai o primeiro desses efeitos enganosos. Na pesquisa O POVO/Datafolha, Roberto tinha 5%. Na primeira pesquisa Ibope, uma semana depois, apareceu com 8%. Houve quem comparasse as duas pesquisas para dizer que ele apresentara crescimento em tão pouco tempo. A coluna já chamava atenção para a inconveniência de analisar como trajetória única levantamentos feitos por institutos diferentes, com metodologias distintas. Além disso, era imprescindível observar a margem de erro. Tudo isso somado não permite dizer que ele vinha em crescimento. O Ibope serve, portanto, para mostrar que a tendência não existe neste momento. Claro que, com o tempo de rádio e TV, os recursos e a estrutura, ele está entre os principais favoritos para chegar ao segundo turno. Mas dependerá do palanque eletrônico. Antes do horário eleitoral, ao que tudo indica o cenário não muda. OSCILAÇÕES COM SIGNIFICADOS DISTINTOS PARA ROSENO E INÁCIOTanto Inácio Arruda quanto Renato Roseno tiveram oscilação negativa de dois pontos percentuais. Mas os significados são diversos, embora ambos negativos. No caso de Roseno, vinha sendo feita a mesma comparação equivocada entre Datafolha e Ibope, realizada também por apoiadores de Roberto Cláudio. E o objetivo era o mesmo: mostrar o crescimento do candidato. A nova pesquisa mostra que não há, no momento, tendência de alta. Nos dois casos, serve como choque de realidade. Quanto a Inácio, é necessário levar em conta o parâmetro prévio da outra pesquisa Ibope, realizada antes da campanha e encomendada pelo PSB. A comparação também não é exata. Na época, afinal, os candidatos nem estavam definidos, embora já estivessem ali colocados os sete principais nomes. De toda forma, naquela oportunidade ele tinha 26% e, agora, a metade. O patamar mudou. Provocou certo baque o distanciamento em relação a Moroni - o único tão conhecido quanto Inácio, adversário de três outras oportunidades e cujas trajetórias estiveram quase sempre relativamente parelhas nesses confrontos. Inácio oscila negativamente, mas se mantém sempre muito vivo na disputa pelo segundo turno. Contudo, com pouco tempo e estrutura, precisará ir muito bem, de forma muito cirúrgica e sem margem para erros. Se não trouxer surpresas e ficar no rame-rame e no lugar comum, pedirá para ser ultrapassado ligeiro.
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