QUEM GANHA E QUEM PERDEA pesquisa ainda renderá conversa e análise para mais de metro. Vamos, então, por partes. Primeiro, vale observar o efeito simbólico citado acima. Ele se dá não pelo que o resultado é, mas pela forma como ele parece perante a opinião pública. Nesse sentido, observemos o saldo para os candidatos. Para Moroni Torgan (DEM), evidentemente, a pesquisa foi excepcional. Ele já liderou pesquisas em 2004 e 2008. Mas nunca teve vantagem tão grande sobre os demais. Praticamente o dobro do segundo colocado. Deve ganhar fôlego e, sobretudo, atrair doadores. Para Inácio Arruda (PCdoB), foi um relativo baque. Ele tem longo histórico de confrontos contra Moroni. A partir de 2004 até a eleição como senador, em 2006, e também na pesquisa anterior, realizada pelo Ibope, apareceram sempre de forma mais ou menos parelha. À frente ou atrás, eles nunca descolaram de forma tão significativa. Com nível de conhecimento muito parecido com o do concorrente do DEM, conforme O POVO mostra hoje, era de esperar que estivessem próximos.
Para Heitor Férrer (PDT), a pesquisa é muito boa. Embora a vantagem em relação ao bloco que vem atrás esteja dentro do li mite máximo da margem de erro, ele simbolicamente se coloca no bloco de cima e, hoje, brigaria pelo segundo turno. Comprova, assim, sua visibilidade. A situação na pesquisa deve revigorar seu fôlego. OS HOMENS DAS MÁQUINASA pesquisa O POVO/Datafolha é boa para Roberto Cláudio (PSB), não pelo seu resultado em si, mas pela vantagem simbólica em relação a Elmano de Freitas (PT) – que, a rigor, está dentro da margem de erro. Pelo mesmo raciocínio, Elmano não foi mal, mas é inevitável a frustração em relação ao concorrente também desconhecido.