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ROBERTO CLÁUDIO -
Segunda, 16 Julho 2012 10:39

ROBERTO CLÁUDIO - "O desafio é construir um novo projeto"

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    LAURA RAQUEL, ROCHANA ROCHA, RODOLFO OLIVEIRADa Redação e Redação O Estado Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.@oestadoce.com.br Falando em nome de uma ampla aliança, que envolve 14 partidos, o candidato do PSB à Prefeitura de Fortaleza, Roberto Cláudio, disse, em entrevista ao O Estado que, embora a Cidade possua seu potencial de desenvolvimento, Fortaleza ainda é muito desigual. E, portanto, sua candidatura irá trabalhar para apresentar propostas que solucionem os principais problemas da população fortalezense, priorizando a Saúde, Educação e Mobilidade Urbana. Contudo, sem claro, esquecer outros problemas como: a violência envolvendo a população jovem da Cidade. Para isso, segundo ele, contará com o apoio do governador Cid Gomes, da presidente Dilma Rousseff, da bancada federal cearense, além dos deputados e vereadores aliados. O Estado - Quais são suas propostas para população de Fortaleza?Roberto Cláudio - Um grande desafio nosso [PSB] é construir um novo projeto para a Cidade, que possa inspirar e transmitir à população. Nós [PSB] compreendemos que, neste momento, há muitas questões a serem discutidas. Nossa Cidade, embora possua um bom potencial, ainda é muito desigual. Iremos priorizar atenção em três delas: saúde, educação e mobilidade urbana. Claro, sem omitir, obviamente, outras preocupações. A primeira delas, é a saúde pública. Sou médico por formação e, hoje, observamos a mais grave crise da Saúde da história de Fortaleza, ao longo de quase oito anos. Não tivemos expansão de nenhum leito. Na verdade, acompanhamos o fechamento de hospitais conveniados ao SUS [Sistema Único de Saúde]. Além disso, ainda possuímos a mais baixa cobertura do Programa de Saúde da Família [PSF] no Estado, sem contar com o déficit da rede de urgência e emergência. Precisamos, assim, expandir a cobertura do Programa de Saúde da Família, além dos postos de saúde. Hoje, só existem 91 postos de saúde em Fortaleza funcionando, embora grande parte deles deficiente de médicos e medicamentos para atender à população de 118 bairros. Então, para tentar mudar, é fundamental a construção de um projeto, ouvindo a universidade, os profissionais da saúde e os sindicatos da categoria. Nossa ideia é garantir um posto de Saúde por bairro, funcionando em três turnos. Pretendemos, ainda, colocar para funcionar os Frotinhas e Gonzaguinhas. Para, além disso, há uma experiência nova no Estado, que são as UPAS [Unidades de Pronto Atendimento]. Nossa ideia é expandi-las para as seis Executivas Regionais, como forma de desafogar o atendimento de urgência dos postos de saúde. OE - Educação e Mobilidade Urbana. Quais são as propostas para estas áreas?RC - Outra prioridade será a Educação pública. Não se faz um governo municipal, socialmente justo e responsável com as pessoas, se não houver um compromisso definitivo com a Educação. Assistimos, hoje, a um quadro de muita preocupação na educação da nossa cidade. Conforme o indicador de alfabetização, somos a penúltima colocada do Estado. Portanto, algo absolutamente fundamental para um governo que se preocupa com o povo. Então, a tarefa de alfabetizar cada criança é possível? Sim. E vem sendo feita em vários municípios cearenses. Precisamos, assim, combater o déficit de vagas em creches e pré-escolas. Somos a quarta maior rede de Educação pública do Brasil, mas ainda temos 110 mil crianças fora da pré-escola. Isto significa que estas crianças estão sem proteção e oportunidade de socialização. Ou seja, sem oportunidade de participar do processo de aprendizagem na escola. O trânsito de Fortaleza é outra preocupação. Perde-se, hoje, de duas a três horas no deslocamento de casa para o trabalho ou vice-versa e, dessa maneira, perde-se um turno do convívio familiar. Portanto, precisamos organizar uma política definitiva de planejamento urbano. Aumentar os Terminais, faixas exclusivas de ônibus, ciclovias e vias expressas são algumas das medidas necessárias para contornar o caos do trânsito. Mas, além disso, precisamos de uma Fortaleza criativa, que seja inovadora em políticas públicas sustentáveis. Isso, porém, se faz com indução do poder público e do setor privado. OE - Caso eleito, o senhor será o prefeito da Copa de 2014. Em sua opinião, qual a sua avaliação sobre as obras de Mobilidade Urbana? RC - Enquanto o Estado do Ceará dar passos largos dos seus compromissos com a matriz de responsabilidade da Fifa, [Prefeitura] tem problemas graves. Uma construtora envolvida com escândalos seriíssimos, inclusive, envolvida numa CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] e o contrato cancelado. Ou seja, não há perspectiva de prazo para término das ações, que são fundamentais não só para Copa, mas para o desenvolvimento de Fortaleza. Caso eleito, estabelecerei uma força tarefa específica, com estrutura temporária, para que nós possamos recuperar o tempo perdido e estejamos preparados para Copa das Confederações e, definitivamente, preparados para Copa de 2014. Irei estabelecer prazos, metas a serem cumpridas. OE - O senhor enquadra-se na classificação de “aventureiro” atribuída pela prefeita Luizianne Lins?RC - Tomei uma decisão de que não irei polemizar com a prefeita. Nossa ideia, enfim, não é estabelecer uma polêmica desnecessária e improdutiva com a prefeita, ou críticas eventuais que venham a ser estabelecidas. Nossa campanha não é contra ninguém. Nossa campanha é a favor do povo bom e generoso de Fortaleza, que está solicitando e pedindo novo projeto para Cidade. Tenho um histórico com esta cidade. Nasci, estudei e trabalho aqui. Conheço o território da Cidade, por isso me considero capaz de hoje, ao lado do vice-prefeito, Gaudêncio Lucena, e 12 partidos aliados conduzirem e liderar outro projeto para cidade. Com relação a isso, irei assumir um compromisso com Fortaleza. Meu compromisso será de humildade para ouvir a Cidade e as críticas. Mas, ser determinado e corajoso para fazer o que deve ser feito. Falar muito menos e irei fazer muito mais. Mas, nunca deixar de tentar acertar. Problemas serão encarados e resolvidos, com menos discurso e mais trabalho. OE - A violência, envolvendo os jovens, tem crescido, em Fortaleza, sobretudo por conta das drogas. Quais são suas propostas para a juventude?RC -Primeiro, a política de juventude da Prefeitura tem apenas um exemplo piloto. Não é uma política pública de juventude. Há um Cuca [Centro Urbano de Cultura e Arte], que não funciona aos finais de semana, para uma população de mais de 2,5 milhões de habitantes. Paralelo a isso, os CSUs [Centro Sociais Urbanos] que tinham uma utilidade importante para atividades esportivas e de lazer foram sendo precarizados ao longo do tempo. É fundamental uma política séria e abrangente, que envolva diversos aspectos para a juventude de Fortaleza. Pensamos no nosso plano de governo, a criação de um instrumento institucional que possa trabalhar a área de ciência e tecnologia e qualificação profissional que, hoje, inexiste [Fortaleza]. Precisamos criar alternativas em cada bairro de equipamentos de esporte e convivência pública, devolvendo às comunidades um sentimento de vida comunitária outrora existente. OE - E os dependentes químicos? Como serão tratados no seu governo?RC - A Assistência Social e a Saúde, hoje, é responsabilidade dos Municípios e não temos uma política de recuperação de dependentes químicos em Fortaleza. Os CAPs [Centros de Atendimento Psicossocial], na verdade, é mais um instrumento de acompanhamento. Um dependente químico, hoje, precisa de um processo de desintoxicação e não temos políticas no Município que induzam e apoiem as entidades, ou que oferte leitos públicos municipais para tratá-los. Precisamos de uma política definitiva de prevenção, que envolva políticas de juventude, esporte, cultura e educação. Mas, fundamentalmente, envolva oportunidade de leitos para recuperação. OE - É a favor da construção de um Centro para dependentes químicos?RC - Meu compromisso é estabelecer uma política para recuperação e tratamento de dependentes químicos. Uma política de prevenção que associe qualificação, educação de qualidade, oportunidade de emprego e renda, intervenções urbanas que proporcionem equipamentos de esporte e de cultura para população. Mas, hoje, o que mais demanda atenção da Prefeitura é uma política dirigida para recuperação de dependentes químicos. Eu sou simpático para trabalhar com instituições e entidades que já têm experiências neste sentido e, portanto, não recebem nenhum apoio da Prefeitura. E o papel do gestor é identificar as experiências e metodologia adequada e a Prefeitura garantir a utilização de leitos para a população mais carente. OE - Quanto à geração de emprego e renda. Qual a sua visão da economia fortalezense?RC - Nós, temos um enorme potencial para atividades comerciais e de serviços, principalmente na área do Turismo. Certamente, um potencial que ainda precisa ser trabalhado. Não podemos apenas esperar que as coisas tragam resultados pelo efeito inercial do Turismo. Então, o papel do Prefeito será estabelecer políticas de indução de atividades turísticas e, principalmente, para serviços turísticos em Fortaleza. Para, além disso, a Cidade precisa de um desenvolvimento que tenha responsabilidade ambiental, que, obviamente, agregue empregos. Recife, atualmente, possui um Porto Digital. A nossa ideia é implementar um parque tecnológico, em Fortaleza, que agregue inovação criativa, geração de emprego e desenvolvimento econômico.  
Lido 2505 vezes Última modificação em Segunda, 16 Julho 2012 10:45

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